Empresário utiliza filhos de forma ilegal para movimentar quantia de R$ 1,5 milhões

Uma investigação recente revelou um esquema de engenharia criminosa liderado pelo empresário Ronaldo de Oliveira, envolvendo a utilização de empresas fictícias e lavagem de dinheiro. Surpreendentemente, a investigação descobriu que até mesmo o filho de 3 anos de Ronaldo estava envolvido nos crimes, com uma conta bancária em seu nome movimentando mais de R$ 1,5 milhão.

A movimentação na conta do menor consistia em transferências eletrônicas, depósitos em dinheiro e pagamentos, sendo que o dinheiro foi creditado em nome da criança por meio da conta da empresa Oliveira Transporte e Turismo. Além disso, foram identificados saques em espécie realizados pela companheira de Ronaldo, totalizando R$ 739 mil.

A investigação revelou que, após ser investigado e preso por um esquema de desvio de R$ 1 bilhão no sistema de bilhetagem eletrônica do Transporte Urbano do DF, Ronaldo desenvolveu um sofisticado esquema para lavar mais de R$ 31 milhões. Ele utilizou um supermercado como fachada, com contas e CNPJs em nome de testas de ferro, para ocultar sua propriedade e dissimular os valores obtidos ilegalmente.

A organização criminosa, além de Ronaldo e sua companheira, é composta pelos filhos do casal, uma nora e uma cunhada de Oliveira. Antes da investigação, o grupo mantinha o dinheiro nas contas das empresas, mas depois começou a redirecionar os recursos para contas poupança em nome dos filhos do casal, a fim de evitar bloqueios judiciais.

Ronaldo ficou foragido por três anos antes de ser detido em abril de 2021 pela polícia. Agora, ele enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, estelionato e corrupção de agentes públicos.

Um município chamado Mimoso foi alvo de uma operação policial em busca de um dono de posto de gasolina chamado Oliveira. O posto era estrategicamente localizado, facilitando uma possível fuga para outros estados. Durante a operação, a polícia encontrou uma caminhonete usada por Oliveira e ele foi abordado e preso por corrupção e associação criminosa.

Em 2018, Oliveira e sua companheira foram presos depois de investigações confirmarem que eles pagavam propina para um funcionário responsável pelo controle de bilhetagem do transporte público. O funcionário confessou que recebia valores mensais para agilizar processos e ignorar irregularidades cometidas pelas empresas do casal. Uma das fraudes envolvia uso de cartões estudantis indevidamente. Durante a busca na casa do funcionário, a polícia encontrou uma quantia em dinheiro semelhante ao valor da propina recebida.

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