Manifestantes argentinos protestam contra o governo de Javier Milei em grande desafio popular.

A Argentina está vivendo momentos de tensão, com protestos contra o presidente Javier Milei, conhecido como El Loco. Hoje, organizações de esquerda marcharão até à Praça de Maio, em Buenos Aires, protestando contra o corte de 20 bilhões de dólares na despesa pública. O governo ameaça tirar todas as ajudas sociais de quem bloquear ruas e avisa que não haverá tolerância.

A ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, fez uma mensagem nas redes sociais, intimando a população mais vulnerável a não bloquear as ruas, afirmando que “quem bloqueia não recebe”. Essa nova política de Milei, segundo o jornal El País, coloca mais risco para os pobres do que para os ricos.

O protesto deve acontecer no fim da tarde, quando a maioria das pessoas está voltando para casa. O governo tentará impor um novo protocolo de segurança, forçando os manifestantes a se manifestarem nas calçadas, em vez das ruas. Isso tem gerado críticas por ferir o direito ao protesto e a democracia, segundo organizações de direitos humanos.

Milei tem afirmado que seguirá firme em seu plano de transformação da Argentina e utilizará todos os recursos do Estado para avançar nas mudanças necessárias. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, será responsável por reprimir os protestos.

A pobreza atinge 40,1% da população argentina e um em cada dois habitantes do país recebe assistência estatal. A ministra do Capital Humano usou o medo para desencorajar a participação de crianças nos protestos, afirmando que não é necessário expô-las ao calor e à violência.

Enquanto isso, a Frente de Esquerda entrou com uma medida cautelar na Justiça para declarar inconstitucional o protocolo de Bullrich contra os protestos. A data escolhida para o protesto não foi aleatória, pois em 20 de dezembro de 2001 ocorreram grandes manifestações com vítimas fatais.

About the author