Uma enchente histórica atingiu 446 municípios do Rio Grande do Sul, resultando em prejuízos altíssimos, conforme a Confederação Nacional de Municípios (CNM) atualizou. O montante de danos causados pelas chuvas até o momento ultrapassou os R$ 8,4 bilhões, sendo aproximadamente R$ 2,3 bilhões no setor público, R$ 1,6 bilhão no privado e a maior parte relacionada a habitações, com mais de 101 mil casas danificadas ou destruídas.
Os números divulgados ainda são parciais devido às dificuldades de inserção das informações nos sistemas, o que ocasiona constantes ajustes para cima ou para baixo. A Defesa Civil do estado confirmou 143 mortes no domingo, além de 806 feridos e 125 pessoas desaparecidas.
Mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas pelas chuvas e inundações, e a situação é agravada com a chegada do frio à região, trazendo mais desafios para os moradores. As consequências atingem diversos setores, como danos materiais em instalações públicas, obras de infraestrutura, sistema de transportes e assistência médica emergencial, com prejuízos que se acumulam em bilhões de reais.
As imagens da destruição causada pelas enchentes mostram a dimensão do desastre, com milhares de residências afetadas, vias públicas devastadas e a mobilização de moradores e voluntários para auxiliar nas buscas e resgates nas áreas atingidas.
Danos econômicos significativos foram registrados em diversos setores devido a problemas em infraestrutura e serviços essenciais. O sistema de esgotamento sanitário sofreu perdas no valor de R$ 18 milhões, enquanto a limpeza urbana e remoção de escombros totalizaram prejuízos de R$ 35,6 milhões. Já a geração e distribuição de energia elétrica apresentaram um saldo negativo de R$ 3,7 milhões. O setor de ensino foi impactado com um montante de R$ 82 milhões em prejuízos, e o abastecimento de água registrou perdas no valor de R$ 10,4 milhões.
Além disso, problemas no sistema de controle de pragas e vetores acarretaram perdas de R$ 1,3 milhão, enquanto a distribuição de combustíveis apresentou prejuízos de R$ 2,1 milhões. A segurança pública também sofreu com um montante de R$ 2 milhão em danos, e as telecomunicações registraram perdas de R$ 870 mil.
No setor privado, a agricultura foi um dos mais prejudicados, acumulando um total de R$ 1,2 bilhão em prejuízos. A pecuária também enfrentou dificuldades, com perdas de R$ 64 milhões, seguida pela indústria, que registrou prejuízos de R$ 245,5 milhões. Os comércios locais e demais serviços não ficaram imunes, contabilizando perdas de R$ 121,4 milhões e R$ 27,6 milhões, respectivamente.