Uma criança escocesa de 3 anos, Willow Christie, surpreendeu médicos ao engatinhar pela primeira vez no final de abril mesmo com um diagnóstico de atrofia muscular espinhal (AME), uma condição rara que afeta seus movimentos da cintura para baixo. Apesar de geralmente limitar a mobilidade, Willow alcançou essa conquista inédita, trazendo esperança para sua família. Sua mãe, Lorna, expressou otimismo em relação ao futuro da menina, acreditando que um dia ela será capaz de andar sozinha, algo incomum para pacientes com AME.
A AME é uma doença genética e degenerativa que, no caso de Willow, se enquadra no tipo 2, a forma intermediária que pode aparecer nos primeiros meses de vida e impedir que a criança aprenda a andar. Apesar da degeneração gradual, os estímulos e a fisioterapia contínuos que Willow recebe dos pais têm contribuído para sua melhora, ainda mais considerando a raridade do caso.
Existem opções de tratamento, como o Zolgensma, um dos remédios mais caros do mundo, que pode interromper a atrofia ao substituir genes defeituosos. No entanto, esse medicamento deve ser administrado antes do surgimento dos primeiros sintomas, o que não foi o caso de Willow, que foi diagnosticada tardiamente. Os pais destacam a importância da ampliação dos testes em recém-nascidos para identificar essas condições o mais cedo possível.
No Brasil, tratamentos como o Spinraza estão disponíveis para controlar os sintomas da AME, mas o acesso ao Zolgensma pode exigir a intervenção judicial devido ao alto custo. A família de Willow está esperançosa com os progressos da menina e continua a lutar por melhores tratamentos e cuidados para pacientes com AME, como forma de garantir uma qualidade de vida mais adequada para eles.