Na terça-feira à noite, a Americanas, uma das principais varejistas do Brasil, teve seu plano de recuperação judicial aprovado pela maioria dos credores presentes em uma reunião que durou cerca de seis horas. A aprovação contou com o apoio de 91,4% dos votantes e agora o plano será homologado em janeiro de 2024.
O pedido de recuperação judicial da Americanas foi apresentado em janeiro deste ano e dependia da aprovação dos credores para ser colocado em prática. O plano prevê uma capitalização de R$ 24 bilhões, sendo que R$ 12 bilhões serão injetados pelos acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Os bancos credores da empresa devem converter R$ 12 bilhões em ações, de acordo com sua participação na dívida. Além disso, algumas cláusulas foram introduzidas no plano de recuperação, o que resultou em uma assembleia mais longa e quase levou ao adiamento da votação. No entanto, a Americanas afirma que as mudanças foram apenas pontuais.
A dívida a ser reestruturada é de R$ 50,1 bilhões, incluindo uma fraude contábil avaliada em R$ 25,2 bilhões. A dívida trabalhista é de R$ 82,9 milhões. Não há dívidas com garantias reais e os créditos quirografários totalizam R$ 49,9 bilhões.
Os acionistas de referência, Lemann, Sicupira e Telles, contribuirão com R$ 12 bilhões em aumento de capital na empresa. Eles já transferiram R$ 1,5 bilhão e enviarão mais R$ 3,5 bilhões após a homologação do plano. Além disso, alguns ativos serão vendidos, como a Hortifruti Natural da Terra, a empresa de franquias Uni.Co e a possibilidade de venda da AME.
O plano também prevê que os credores da classe 3 com dívidas até R$ 12 mil receberão integralmente em até 30 dias após a homologação. Aqueles com dívidas acima desse valor podem renunciar ao valor excedente para receber no mesmo prazo. Caso optem por não renunciar, terão desconto de 50% e pagamento em 48 parcelas. Outra opção é um desconto de 70% para pagamento em parcela única em 2039.
A Americanas também destinará R$ 100 milhões para quitar os fornecedores de tecnologia, como marketplaces e canais digitais, em 45 dias. Será realizado um leilão reverso para determinar quem ficará com a empresa.
A empresa X anunciou recentemente um lance para adquirir créditos no valor de R$ 2 bilhões da empresa Y, com um desconto mínimo de 70%. Além disso, os credores financeiros têm a opção de receber capitalização em ações no valor de até R$ 12 bilhões ou em debêntures no valor de R$ 1,8 bilhões da empresa Y.
Para facilitar a operação, está planejada a emissão de novas ações, com uma oferta preferencial de compra para os acionistas atuais. Nesse caso, a cada três ações adquiridas, o acionista receberá uma ação de bônus.
Essas medidas buscam fortalecer e reestruturar a empresa Y, oferecendo vantagens aos credores e aos acionistas. Com a capitalização em créditos e a emissão de novas ações, a empresa X pretende impulsionar sua posição no mercado e garantir sua sustentabilidade financeira.
As negociações e acordos anunciados refletem os esforços da empresa X para reorganizar suas finanças e garantir um futuro estável. Com um desconto significativo nos créditos a serem adquiridos e opções de capitalização em ações ou debêntures, a empresa Y tem a oportunidade de se recuperar financeiramente e retomar seu crescimento.