No último dia 10 de maio, a vacina Qdenga conquistou a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para sua utilização fora do Brasil. Aprovada pela Anvisa em 2023, a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga (TAK-003), começou a ser distribuída em 2024 durante um surto significativo da doença no país. Desenvolvida pela empresa japonesa Takeda, essa vacina utiliza versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus da dengue para criar imunidade nos pacientes, sendo a segunda vacina contra a doença a receber a pré-qualificação da agência.
A dengue, uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e com maior ocorrência no verão, tem sintomas como dores no corpo e febre alta. Considerada um sério problema de saúde pública no Brasil, a doença pode ter consequências fatais para os pacientes. A infecção ocorre através da picada do mosquito fêmea, que transmite o vírus pela saliva ao se alimentar de sangue, necessário para a produção de ovos.
O Aedes aegypti possui hábitos diurnos, sendo encontrado principalmente em áreas urbanas e necessitando de água parada para o desenvolvimento de suas larvas. A dengue apresenta quatro sorotipos distintos, o que possibilita a infecção de uma mesma pessoa por cada um deles, gerando imunidade permanente para cada sorotipo. Os sintomas iniciais da doença costumam não ser específicos e podem incluir febre alta, dores no corpo, dor de cabeça, fraqueza, entre outros.
Em casos mais graves de dengue, os pacientes podem apresentar sintomas como vômitos persistentes, dor abdominal intensa, perda de sensibilidade, urina com sangue, entre outros sinais. Nos quadros mais extremos, ocorre o choque, que resulta da perda de um volume crítico de plasma sanguíneo. Apesar das complicações possíveis da doença, a vacinação se mostra como uma importante ferramenta de prevenção e controle da dengue, contribuindo para a redução do impacto dessa enfermidade na saúde pública mundial.
Quando se trata de sintomas de dengue, é importante estar atento a sinais como pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão. Além disso, alguns pacientes podem apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque causado pela dengue é de curta duração, podendo levar a óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida com a terapia adequada.
O tratamento da dengue, apesar de grave, pode ser feito com analgésicos e antitérmicos, como paracetamol ou dipirona, sob orientação médica, para aliviar os sintomas. Repouso e ingestão de líquidos também são recomendados. Já no caso de dengue hemorrágica, o tratamento deve ser realizado no ambiente hospitalar, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vacina Qdenga para crianças de 6 a 16 anos em áreas com alta transmissão de dengue. A administração da vacina é em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. A pré-qualificação da vacina TAK-003 pela OMS é um marco importante no acesso global às vacinas contra a dengue, permitindo que seja adquirida por agências como a UNICEF e a OPAS. O processo de pré-qualificação assegura que o produto atenda aos padrões de qualidade e consistência definidos pela OMS, visando garantir o acesso a mais comunidades que necessitam da vacina.
Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas atualmente, a expectativa é de que mais desenvolvedores passem por avaliação para ampliar a oferta de vacinas essenciais. Acompanhe as atualizações da editoria de Saúde nas redes sociais e mantenha-se informado sobre esse importante tema!
