O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o último pregão de 2023 com boas notícias para os investidores. Registrando uma rentabilidade de cerca de 22% neste ano, foi o melhor desempenho desde 2019, antes da pandemia. Além disso, atingiu sua maior pontuação nominal da história, chegando a 134.194 pontos. Porém, é importante destacar que, em termos reais (considerando a inflação), ainda está distante dos melhores resultados registrados há 15 anos, em 2008.
O consultor de dados do mercado de capitais, Einar Rivero, ressalta que apesar do marco significativo em termos nominais, o Ibovespa ainda tem espaço para crescimento. Quando levamos em conta o valor do índice em dólares e ajustado pela inflação, ainda está a uma distância considerável do seu máximo histórico.
Neste ano, o Ibovespa não foi o único índice a alcançar picos históricos. O Dow Jones, nos Estados Unidos, também atingiu sua pontuação máxima em dezembro, com valorização de 13,31% até aquela data. Além disso, o Bitcoin teve um desempenho superior aos ativos de renda variável, com uma valorização de 140,75% até dezembro.
No entanto, outras moedas e ativos não tiveram um desempenho tão positivo. O euro, o ouro e o dólar apresentaram rentabilididades negativas ao longo do ano. Nesta quinta-feira, o Ibovespa encerrou praticamente estável, com uma pequena queda de 0,01% em relação ao recorde do pregão anterior.
Em relação ao dólar, a moeda fechou em alta de 0,41%, cotada a R$ 4,852. Apesar disso, acumula quedas ao longo da semana, do mês e do ano.
A Cemig e a construtora MRV foram as empresas com as maiores altas no Ibovespa, enquanto a CVC e a Locaweb registraram as baixas mais expressivas.