Já pensou em participar da corrida mais famosa do Brasil, a São Silvestre? Realizada no último dia do ano, a prova reuniu cerca de 35 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo. A experiência de correr os 15 quilômetros da tradicional corrida de rua é única, com multidões, fantasias, “congestionamentos” na pista e até distribuição de cerveja.
A largada da São Silvestre não é fácil. Com a pista abarrotada, os corredores mais experientes precisam ter paciência, especialmente nos primeiros metros do percurso. É praticamente impossível correr no primeiro quilômetro, pois os participantes estão divididos em setores, indo desde os mais rápidos até os que seguem em um ritmo mais lento. No entanto, mesmo nos setores mais lentos, muitos corredores acabam caminhando por cansaço, gerando alguns “congestionamentos”.
A São Silvestre não é apenas uma corrida, é uma festa. Muitos participantes vão para se divertir, encontrar amigos e celebrar. Por isso, é comum ver pessoas fantasiadas com personagens de filmes, desenhos animados e super-heróis durante o percurso. Desde Bananas de Pijamas até Super Mario, Thor e Homem-Aranha, as fantasias fazem parte do clima animado da prova.
A São Silvestre também abre espaço para cadeirantes, que participam da corrida, alguns sendo empurrados por corredores de apoio. Essa inclusão torna ainda mais especial o evento, que se tornou uma tradição no calendário esportivo do país.
Apesar dos desafios e das dificuldades, a São Silvestre é uma oportunidade única de participar de uma das maiores corridas de rua do Brasil, em meio a uma multidão animada e em clima festivo. Seja correndo, caminhando ou empurrando uma cadeira de rodas, a experiência é inesquecível para quem se aventura nessa prova esportiva.
Um dos participantes da São Silvestre deste ano foi Ribeiro de Oliveira, de 57 anos, morador de Francisco Morato, Grande São Paulo. Ele já participou da corrida nove vezes, sendo sete delas como guia para pessoas com deficiência. Em uma entrevista em movimento, enquanto empurrava a cadeira de rodas de Robert Caíque, de 23 anos, Ribeiro falou sobre a importância de ser guia e proporcionar uma experiência alegre e festiva para os participantes.
Em um ponto da prova, aproximadamente no quilômetro 14, há uma tradição não oficial de distribuir cerveja para os corredores que gostam da bebida. A placa indicativa marca a distância de 41 km, em uma brincadeira que faz referência ao equívoco de algumas pessoas que confundem a São Silvestre com uma maratona. A corrida, na verdade, tem uma distância de 15 km.
No pelotão de elite, os atletas quenianos mais uma vez dominaram o pódio da São Silvestre. Timothy Kiplagat, de 30 anos, foi o campeão no masculino, enquanto Catherine Reline, de 21 anos, venceu a prova feminina. Entre os brasileiros, os corredores Johnatas de Oliveira Cruz e Felismina Cavela tiveram o melhor desempenho, ficando em sexto lugar. A última vez que um brasileiro venceu a corrida foi em 2010, com Marílson dos Santos. No feminino, o jejum é ainda maior, sendo a última vitória brasileira em 2006, com Lucélia Peres.
A São Silvestre é tradicionalmente realizada no último dia do ano, com largada na Avenida Paulista. O percurso inclui pontos turísticos da cidade de São Paulo, como o estádio do Pacaembu e o Theatro Municipal.
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