A especialista em neurociência Carla Tieppo compartilha suas técnicas para desenvolver novos hábitos no ano de 2024

O início de um novo ano traz consigo a motivação para estabelecermos novas metas. Essas metas podem variar desde tirar um plano antigo do papel até iniciar um novo hobby, se matricular em uma academia ou parar de fumar. No entanto, todas essas metas têm algo em comum: parecem extremamente difíceis de alcançar.

Ainda não somos capazes de programar nosso cérebro para gostar de certas atividades ou parar instantaneamente um vício. Porém, a neurocientista Carla Tieppo acredita que é possível criar novos hábitos utilizando as emoções como aliadas. Ela sugere que vivenciemos situações que favoreçam o comportamento desejado e que busquemos recursos emocionais para sustentar nossas decisões.

Carla compartilha sua própria experiência de parar de fumar após três décadas de tabagismo. Durante uma brincadeira com seu filho, Carla teve uma crise de falta de ar e percebeu o medo do menino com relação à sua saúde. Essa emoção foi crucial para que ela conseguisse abandonar o vício. Carla ressalta que cada indivíduo precisa encontrar seus próprios recursos para manter um hábito, não apenas a força de vontade.

A química do nosso corpo desempenha um papel importante nesse processo, através dos hormônios e neurotransmissores. Os hormônios são liberados pelas glândulas e circulam pelo corpo, enquanto os neurotransmissores são substâncias liberadas pelos neurônios que atuam no cérebro. Ambos são influenciados pelas experiências vividas e podem causar sensações de prazer, felicidade e alegria.

A neurociência é a disciplina que estuda o funcionamento do cérebro para entender o ser humano, seus comportamentos e relacionamentos. Compreender como o cérebro funciona é fundamental para o desenvolvimento de tratamentos de doenças cerebrais e para aprimorar nosso conhecimento sobre nós mesmos.

Aprendemos, lembramos e experimentamos o mundo ao nosso redor. Uma veterinária que se especializou em neurociência há 30 anos faz críticas à nova leva de “neurocientistas das redes sociais”. Ela argumenta que qualquer cientista deve ter um doutorado em uma área correlata e as autorizações necessárias para realizar pesquisas. No entanto, os critérios parecem ter mudado, com especializações prometendo o título de neurocientista sem o devido embasamento científico.

A pesquisadora acredita que muitos desses “especialistas em neurociência aplicada” e “especialistas em neurociência e comportamento” não podem ser considerados verdadeiros neurocientistas, pois não realizam pesquisas em laboratórios, o que ela considera paradoxal.

Acesse nosso perfil no Instagram para acompanhar mais conteúdo sobre saúde. E não deixe de conferir todas as notícias e reportagens sobre saúde.

About the author