O advogado de defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, afirmou que a Polícia Federal (PF) está “estuprando” a lei ao realizar uma perseguição política contra seu cliente, que está preso preventivamente há quatro meses. Segundo o advogado, a PF está criando sua própria lei, o que é ilegal e uma vergonha.
O ex-diretor da PRF está sendo investigado por supostamente usar a instituição para favorecer o presidente Bolsonaro nas eleições de 2022. O advogado argumenta que a PF errou ao pedir a prisão de Vasques com base no crime de “violência política”, já que esse tipo de prisão não é permitido para crimes cuja pena máxima é de até quatro anos.
O advogado alega que Vasques não se enquadra nesse crime, pois não praticou violência física, sexual ou psicológica contra ninguém. Ele compara a situação a retirar a palavra “alguém” do crime de homicídio, e diz que Vasques seria processado por matar um mosquito.
O advogado também insinua que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não irá denunciar Vasques pelo crime de violência política, e sugere que a PF age para atender pedidos políticos. Ele afirma que os membros da PGR são preparados e honestos, e não iriam manchar suas carreiras ao fazer uma denúncia sem um enquadramento legal adequado.
A PF foi procurada para comentar, mas não respondeu até o momento.