No dia 8 de janeiro de 2023, momentos antes dos atos antidemocráticos que ocorreram no Distrito Federal, o então secretário de Segurança Pública enviou um áudio ao governador afirmando que a manifestação seria totalmente pacífica. O secretário executivo, que estava no cargo temporariamente, garantiu que não havia riscos de a situação sair do controle. No entanto, por volta das 14h40, ocorreu a invasão de prédios importantes como o Congresso Nacional e o STF.
No áudio, o secretário descreveu a manifestação como tranquila e organizada, destacando que os manifestantes estavam sendo controlados pela polícia. Ele afirmou que não havia indícios de problemas e que a movimentação era pacífica. No entanto, os eventos subsequentes mostraram que a situação era bem diferente do que foi relatado.
A invasão dos prédios públicos por parte de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro foi considerada um ato antidemocrático. A falta de segurança e de controle da situação chamou atenção para as falhas na administração da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Vale mencionar que o secretário titular estava ausente no momento dos eventos.
Essa invasão representa mais um episódio preocupante para a democracia brasileira, mostrando um cenário de instabilidade e tensões políticas. O incidente ressalta a importância de uma atuação eficiente e responsável por parte das autoridades de segurança, especialmente em momentos de manifestações e protestos.
É fundamental que as autoridades reforcem a segurança e adotem medidas para coibir atos antidemocráticos e garantir a integridade dos prédios públicos e das instituições democráticas. Além disso, é essencial uma avaliação criteriosa sobre os protocolos e os sistemas de comunicação utilizados para evitar falhas como essa no futuro.
O ex-secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando, foi indiciado pelas comissões parlamentares de inquérito do Congresso Nacional e da Câmara Legislativa do DF por informações “desvinculadas da realidade” e por uma “desconexão alarmante” com os dados de inteligência disponíveis sobre as manifestações de 8/1.
Ao depor na CPI da CLDF, Fernando afirmou que o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, não deixou orientações específicas para as ações das forças de segurança durante os protestos. Ele também relatou uma suposta “passividade” por parte dos policiais militares diante do ataque aos Três Poderes.
O ex-secretário defendeu-se dizendo que baseou suas informações nos informes recebidos dos grupos de inteligência, que descreviam um ambiente tranquilo e calmo nos protestos.
Fernando foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal em janeiro de 2023 e agora enfrenta as consequências dos indiciamentos pelas comissões parlamentares de inquérito.