Empresária sob investigação por fraude firma contrato de R$ 17 milhões com a TCB

Seis dias após ser detida na Operação Old West, Soraya Gomes da Cunha, juntamente com sua família, teve seu contrato com a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) alterado, resultando em um aumento de mais de 41% no valor total do contrato, totalizando mais de R$ 17 milhões. A família é acusada de participar de um esquema de lavagem de dinheiro com o uso de laranjas e testas de ferro. Outras empresas ligadas à quadrilha também conseguiram licitações com a TCB, totalizando mais de R$ 25 milhões. A PCDF já havia investigado a empresa anteriormente por suspeita de fraude, mas os mandados de segurança impetrados pelos advogados dos empresários permitiram que eles continuassem com os contratos. Durante o período em que estiveram detidos, as empresas continuaram operando normalmente. Ronaldo de Oliveira, considerado o líder do esquema, teria desenvolvido um sistema sofisticado para lavar dinheiro, utilizando um supermercado e contas de poupança em nome de terceiros. O grupo também cooptou um analista do Ministério Público para obter informações sigilosas.

Recentemente, um casal de empresários do setor de transporte público foi preso em Brasília após suspeitas de desvio de verbas e pagamento de propinas. As investigações revelaram um esquema de desvio de recursos, onde o dinheiro era movimentado para contas das empresas de forma a evitar bloqueios judiciais.

De acordo com a polícia, o dinheiro desviado das contas das empresas era transferido para contas-poupança abertas em nome dos filhos do casal. Essa estratégia era utilizada para dificultar a ação das autoridades e evitar o confisco dos valores. Algumas das contas chegaram a receber depósitos milionários, de acordo com as investigações.

As investigações também revelaram que o casal pagava propina para o responsável pela unidade de controle de bilhetagem automática do DFTrans, órgão responsável pelo transporte público no Distrito Federal. Entre as práticas ilícitas, estava o uso indevido de cartões estudantis de alunos de regiões próximas ao Distrito Federal, como se fossem da rede pública de ensino da cidade.

Em março de 2018, o gestor responsável pelo controle de bilhetagem automática foi detido, e posteriormente o casal também teve a prisão decretada. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados indícios de propina na casa do gestor. A empresa de transporte público alega que todos os contratos são firmados de acordo com as leis e passam por processos de licitação e aprovação pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal.

Apesar das alegações da empresa, as investigações mostram um esquema complexo de desvio de recursos públicos, envolvendo contas-poupança, propinas e o uso irregular de cartões estudantis. A assistência da polícia e a atuação das autoridades são fundamentais para coibir essas práticas ilícitas e garantir a correta aplicação dos recursos destinados ao transporte público.

About the author