O carnaval chegou em meio a uma série de problemas no país, incluindo questões climáticas e surtos de doenças. No entanto, a festividade conseguiu trazer um pouco de alegria e afastar, pelo menos temporariamente, as notícias sobre uma possível interferência nas eleições de 2022. A divulgação de vídeos de uma reunião no Palácio do Planalto revelou que estava sendo planejado não apenas um golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder, mas também uma radicalização na forma de fazer política.
O discurso inicial partiu do próprio presidente, que tentou convencer seus principais assessores de que os verdadeiros cristãos não deveriam votar em partidos de esquerda, pois supostamente defendo pautas como o direito ao aborto e a proteção das relações entre homossexuais. Esse discurso radical de Bolsonaro seria amplamente repetido para consolidá-lo como um líder religioso.
Dois generais também participaram da reunião e demonstraram conhecimentos de táticas para enfrentar opositores dentro do país. O então ministro da Defesa explicou a atuação das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições e se referiu aos membros do grupo como oponentes. Já o ministro do Gabinete de Segurança Institucional afirmou que era hora de agir contra as eleições, pois depois seria tarde demais.
Esses diálogos revelam uma postura preocupante por parte dos generais, que se referiram ao Poder Judiciário como inimigos e sugeriram ações para manipular o resultado das eleições. Bolsonaro também busca apoio das Forças Armadas para seus planos e alimenta o temor do eleitorado evangélico em relação à vitória de Lula.
Todos esses fatos precisarão ser investigados a fundo após o carnaval. Será a primeira vez na história que militares em atividade terão que responder por envolvimento em ações golpistas. A punição dessas iniciativas poderá desencorajar futuros golpes. Enquanto aguardamos essa investigação, o Brasil pode aproveitar o carnaval para se divertir e esquecer um pouco dos problemas do país.
Uma reflexão sobre as sombras que se movimentam no Palácio do Planalto. O país, conhecido por espalhar imagens de alegria no carnaval, precisa encontrar uma nova maneira de fazer política. Um renomado jornalista, com vasta experiência em assuntos globais, apresentou recentemente um programa na TV Senado que abordava a cidadania ao redor do mundo. Sua carreira começou nos anos 80, como repórter na região amazônica para uma conhecida revista. Em seguida, trabalhou em Brasília para diversas publicações antes de se juntar à equipe de comunicação do Senado, onde permaneceu até o ano passado.
