Recentemente, eleições questionáveis têm sido destaque entre os aliados internacionais do ex-presidente Lula. Na Rússia, Vladimir Putin projeta ganhar com uma margem expressiva, enquanto adversários verdadeiros foram impedidos de concorrer, inclusive através de ações violentas como no caso do opositor Alexei Navalny. Situação semelhante é esperada na Venezuela, onde Nicolás Maduro busca legitimidade por meios duvidosos contando com o apoio de Lula, que também ironizou seus opositores banidos, incluindo Jair Bolsonaro.
As eleições fraudulentas estendem-se a outros países como Cuba e Nicarágua, onde líderes autoritários como Daniel Ortega asseguram seu poder através de métodos contestáveis, reprimindo concorrentes e obtendo resultados questionáveis no pleito.
A questão levantada é se ter aliados como esses no cenário internacional pode coexistir com ideais democráticos. A postura autoritária de alguns líderes não parece sofrer variações de acordo com a latitude geográfica, mas o papel da democracia é vital para contê-los. No contexto brasileiro, a experiência do lulopetismo ressalta o embate constante entre respeitar a democracia ou utilizar o sistema a seu favor.
Em declarações recentes, Lula mostrou um conceito relativizado de democracia ao defender as eleições problemáticas na Venezuela. Sua visão parece reduzir a democracia à vitória eleitoral, ignorando a importância da pluralidade de opiniões e da participação livre no processo democrático. Essa postura levanta questionamentos sobre a verdadeira natureza do comprometimento de alguns líderes com a democracia.