Ter um filho com diabetes tipo 1 (DM1) pode ser extremamente desafiador para os pais. Desde a infância, eles precisam administrar várias injeções diárias para garantir a saúde e o bem-estar dos seus filhos. A responsabilidade geralmente recai sobre as mães, que precisam acompanhar de perto a alimentação e a aplicação de medicamentos pelo resto da vida.
A DM1 é uma síndrome metabólica em que o pâncreas produz insulina insuficiente, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue. A falta de controle adequado pode levar a complicações graves, incluindo risco de morte e amputações. No curto prazo, os sintomas incluem fadiga, dificuldade de enxergar e dores de cabeça.
No Brasil, a maioria das pessoas tem diabetes tipo 2, que geralmente é adquirido ao longo da vida devido aos maus hábitos alimentares. No entanto, mesmo representando menos de 10% dos casos, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos de DM1, com cerca de 564 mil pessoas afetadas.
Por isso, há uma crescente demanda para que a DM1 seja reconhecida como uma deficiência física. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Alemanha já aceitam a DM1 como deficiência, proporcionando benefícios e proteção legal para os pacientes. Isso inclui horários especiais no trabalho e na escola para as aplicações de insulina, além de auxílio financeiro para cuidadores e equipamentos de saúde.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Solange Travassos, que também é paciente com DM1, destaca a importância dessa mudança de status. Ela enfatiza que o reconhecimento da DM1 como deficiência é fundamental para garantir a segurança e os cuidados necessários. Para as famílias, trata-se de uma questão de vida.
Portanto, o reconhecimento da diabetes tipo 1 como deficiência física é uma necessidade urgente para ajudar as famílias a cuidar adequadamente de seus filhos. Não se trata de privilégio, mas sim de um direito essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes com DM1.
Um projeto de lei está em tramitação na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados no Brasil para reconhecer o Diabetes Tipo 1 como uma deficiência. Atualmente, o Diabetes Tipo 1 não é classificado legalmente como uma deficiência, o que pode dificultar o acesso a direitos e benefícios para as pessoas que vivem com essa condição.
O Diabetes Tipo 1 é uma doença crônica que afeta a produção de insulina pelo pâncreas. Os sintomas podem incluir sede excessiva, aumento da frequência urinária e fadiga. A administração adequada de insulina é essencial para controlar os níveis de açúcar no sangue e prevenir complicações.
Para crianças com Diabetes Tipo 1, a situação é ainda mais desafiadora. Muitas vezes, elas são excluídas da escola ou seus pais precisam interromper o trabalho para garantir o cuidado adequado, como a administração das doses de insulina. Além disso, a alimentação e a participação em provas de concurso também podem ser afetadas.
A proposta de reconhecimento legal do Diabetes Tipo 1 como deficiência busca garantir aos portadores dessa condição os direitos e benefícios que outras pessoas com deficiências físicas já possuem. Isso inclui acesso a tratamentos e medicamentos adequados, acompanhamento médico especializado e inclusão social, além de permitir a aplicação de insulina durante provas de concurso.
O projeto de lei já foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados em 2023 e agora está em análise na Comissão de Saúde. Caso seja aprovado, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça, Senado e, eventualmente, para a sanção presidencial.
Essa mudança é fundamental para garantir melhores condições de vida e igualdade de oportunidades para as pessoas que vivem com Diabetes Tipo 1. Espera-se que o reconhecimento legal seja uma realidade em breve no Brasil, proporcionando mais suporte e amparo para essa comunidade.
A diabetes é uma doença que pode se apresentar de diferentes formas, sendo a mais comum a diabetes tipo 2. Nesse caso, o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento envolve atividades físicas regulares e controle da dieta. Existem também outras formas menos comuns da doença, como a diabetes gestacional que afeta mulheres grávidas com histórico familiar da doença. É importante monitorar os níveis de açúcar no sangue para evitar complicações para o bebê. Além disso, outros fatores como doenças no pâncreas, defeitos genéticos, doenças endócrinas ou uso de medicamentos podem desencadear a doença.
Os sintomas da diabetes podem variar de acordo com o tipo, mas, em geral, incluem sede intensa, aumento da frequência urinária e coceira no corpo. Fatores de risco como histórico familiar e obesidade também podem contribuir para o desenvolvimento da doença. É importante ficar atento a outros sinais, como saliências ósseas nos pés, insensibilidade na região, visão embaçada, micoses e infecções frequentes.
Para diagnosticar a diabetes, são realizados exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência para os resultados são inferiores a 99 mg/dL para níveis normais, entre 100 a 125 mg/dL para pré-diabetes e acima de 126 mg/dL para diabetes.
O tratamento da diabetes, independentemente do tipo, consiste principalmente no controle dos níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e praticar exercícios regularmente são medidas importantes para manter o peso adequado e controlar os índices glicêmicos e de colesterol. É fundamental seguir o tratamento adequado, pois quando a diabetes não é tratada corretamente, podem surgir complicações como surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinopatia e até mesmo depressão.
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