Os cinéfilos do Distrito Federal estão preocupados com o possível fechamento do Cine Brasília, um importante equipamento cultural da região. O atual contrato de gestão compartilhada do cinema termina em fevereiro deste ano e até agora não foi divulgado um novo documento para a renovação do contrato ou seleção de uma nova gestão para 2024.
O Cine Brasília, inaugurado em 1960, é considerado um dos mais importantes espaços culturais de cinema da América Latina. Além disso, possui o título de Patrimônio Mundial da Humanidade e Patrimônio Cultural de Brasília. O cinema é administrado atualmente pela organização da sociedade civil Box Cultural, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
O contrato atual com a Box Cultural tem o valor de R$ 2,5 milhões e está em vigor até fevereiro. A programação do cinema será encerrada no dia 7 de fevereiro e as atividades administrativas no dia 29 do mesmo mês.
A diretora da Box Cultural, Sara Rocha, expressou sua preocupação com o atraso na divulgação de um novo edital, o que indica uma possível interrupção da programação. A equipe do cinema está aguardando o novo edital para submeter uma proposta e continuar trabalhando no local.
O atraso na publicação do edital também preocupa os artistas e frequentadores do cinema. Silvino Gonçalves, um visualizador e designer gráfico, ressalta que a falta de perspectiva e transparência por parte da Secretaria de Cultura causa uma situação indefinida e pode levar ao fechamento do cinema.
Segundo Silvino, a gestão compartilhada em 2023 rendeu bons resultados, com aproximadamente 400 filmes exibidos e uma boa variedade de títulos em cartaz. No entanto, ele teme perder o acesso a uma programação de qualidade no cinema caso não haja um projeto a longo prazo.
Catarina Accioly, diretora e roteirista do documentário Rodas de Gigante, também apoia a gestão compartilhada do cinema e espera que a Secretaria de Cultura tome medidas rápidas para divulgar o novo edital.
Os amantes de cinema do Distrito Federal estão preocupados com o possível fechamento do Cine Brasília. Até o momento, não foi divulgado um novo edital para a renovação do contrato ou seleção de nova gestão para 2024. O Cine Brasília, inaugurado em 1960, é um dos mais importantes equipamentos culturais da América Latina. Atualmente, é gerido pela organização Box Cultural em parceria com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal. O contrato atual, no valor de R$ 2,5 milhões, termina em fevereiro. A diretora da Box Cultural expressou preocupação com o atraso na divulgação do novo edital, indicando uma possível interrupção da programação. Frequentadores e artistas também estão apreensivos com a falta de perspectiva e transparência. A gestão compartilhada em 2023 foi considerada positiva, com aproximadamente 400 filmes exibidos. A Secretaria de Cultura precisa tomar medidas rápidas para evitar o fechamento do cinema.
A falta de continuidade na gestão do cinema autoral em Brasília tem gerado problemas para a produção e exibição de filmes independentes. Recentemente, a classe cinematográfica cobrou novamente a publicação de um edital de chamamento por parte da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC-DF) para a realização do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O atraso na divulgação do documento provocou problemas como prazos inviáveis para inscrição, seleção de filmes e divulgação do evento, além da exibição de filmes sem audiodescrição e legendas descritivas.
A classe cinematográfica já havia se manifestado anteriormente sobre a demora na publicação do edital. Em agosto do ano passado, cineastas e produtores culturais se reuniram em frente ao Cine Brasília para protestar. O edital, geralmente publicado no início do ano, só foi divulgado no segundo semestre. Esse atraso causou uma série de problemas na organização do festival.
A Secretaria de Cultura do DF respondeu às críticas, informando que não procedem as informações sobre o encerramento ou interrupção das atividades do Cine Brasília. A Secretaria afirmou que o local será beneficiado por recursos da Lei Paulo Gustavo, que destinará R$ 1,5 milhão para a reforma do cinema. Além disso, um novo edital de chamamento para a gestão do espaço será lançado. A proposta é que o contrato de gestão tenha duração de pelo menos 3 anos, garantindo um plano de ações a curto e médio prazo.