A incerteza de Israel diante do aviso dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aconselhou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, após um ataque do Irã ao país, sugerindo que aceitasse a situação e desistisse de retaliar. Biden comparou a situação à Guerra do Vietnã, onde os EUA, após serem derrotados, se declararam vencedores e se retiraram. No entanto, Netanyahu parece depender da guerra para manter-se no poder e não está disposto a seguir o conselho de Biden.

Biden e autoridades americanas pediram a Netanyahu que evitasse uma resposta imediata com força militar ao ataque do Irã. Há uma tensão entre as decisões de Netanyahu e a postura mais cautelosa defendida pelos EUA. Israel impôs um bloqueio total à Cidade de Gaza durante um conflito com o Hamas, resultando em destruição de prédios e mortes, principalmente de mulheres e crianças. Os EUA tentam evitar escaladas nesse cenário.

Os EUA foram informados com antecedência sobre o ataque do Irã a Israel, que ocorreu após um bombardeio israelense ao consulado iraniano na Síria. O Irã procurou atingir instalações militares sem envolver civis, com uma resposta coreografada. O governo iraniano anunciou que não haverá mais ataques, a menos que Israel provoque novamente, o que poderia contrariar os interesses americanos no Oriente Médio.

Netanyahu é visto como uma peça-chave nas relações internacionais dos EUA, já que Israel é considerado um aliado estratégico na região. A política externa dos EUA tende a ser independente, mas em questões envolvendo Israel, os interesses americanos influenciam fortemente as decisões tomadas. A dinâmica geopolítica da região está em jogo, com Israel ocupando um papel crucial nas estratégias dos EUA.

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