O sexo, apesar de saudável e prazeroso, pode se tornar um vício para algumas pessoas. Recentemente, o cantor Ozzy Osbourne afirmou estar curado de seu vício em sexo, mas será possível mesmo se curar desse vício?
O vício em sexo, também conhecido como satiríase para os homens e ninfomania para as mulheres, não se trata apenas de gostar muito de transar ou ter uma frequência alta. Esses transtornos trazem diversos impactos negativos para a vida das pessoas, principalmente em termos de relações sociais, afetivas e na saúde.
Segundo a sexóloga Tâmara Dias, para os compulsivos, a obsessão sexual se torna o centro de suas vidas, deixando de priorizar outras necessidades básicas. Eles acabam buscando constantemente o prazer sexual. Isso leva a ter muitos parceiros e se expor a situações de perigo, como contrair doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, essas pessoas tornam-se menos produtivas em outras áreas de suas vidas, o que leva à vergonha e culpa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sexo é um dos pilares para uma vida saudável. Uma vida sexual ativa e saudável traz benefícios para o bem-estar, liberando hormônios que diminuem o estresse e melhoram o sono.
Então, é possível se curar do vício em sexo? O tratamento para o transtorno depende de seu nível. Nos casos leves e moderados, a psicoterapia individual ou em grupo é utilizada. Medicação preventiva é aplicada quando a compulsão está associada a outros transtornos, como depressão e ansiedade.
No entanto, a ninfomania e satiríase não têm cura, assim como qualquer outro vício. Chega-se a um tipo de controle, conhecido como fase de manutenção. Nessa fase, é necessário eliminar todos os gatilhos que levam à compulsão, como pornografia, masturbação e outros fatores.