O confronto entre o clã Bolsonaro e Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo e proprietário de uma plataforma digital importante, ganhou destaque recentemente. Ambas as partes têm em comum o embate com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, visto como um obstáculo aos seus interesses.
Enquanto Elon Musk busca aumentar sua fortuna e consolidar seu poder global, os Bolsonaro estão focados em proteger o patriarca da prisão devido a acusações relacionadas a um suposto golpe de Estado, além de tentar recuperar a influência política perdida em 2022. Musk tomou a dianteira desafiando as ordens de Moraes de remover conteúdos que ameacem a democracia, chegando a instigar o Congresso contra o ministro. O apoio político prometido pelos Bolsonaro fortaleceu a posição de Musk.
No decorrer dos acontecimentos, Musk continuou a atacar Moraes, acusando-o sem evidências de interferir nas eleições de 2022 em favor de Lula. Essas críticas foram ecoadas pelo senador Flávio Bolsonaro, que também sem provas questionou a imparcialidade do Tribunal Superior Eleitoral presidido por Moraes durante o pleito. Flávio convocou seguidores para um comício, aproveitando-se do martírio de Tiradentes como mote.
Em meio a essa disputa de interesses, tanto Musk quanto os Bolsonaro agem conforme seus objetivos, porém entram em silêncio quando confrontados por poderes maiores. Musk já demonstrou postura ambígua em relação a governos autoritários, sendo conivente em certos casos. Por sua vez, Bolsonaro preferiu evitar insultos a Moraes, diferentemente do passado.
Os envolvidos alegam zelar pela liberdade de expressão, mas na prática utilizam essa bandeira para disseminar informações falsas e lucrar com discursos de ódio, defendendo um cenário virtual sem limites legais. A batalha pelos interesses pessoais e políticos desses atores poderosos continua a desafiar as instituições e a sociedade em geral.