O senador Renan Calheiros, do MDB-AL, está voltando ao Senado e tem como foco a CPI da Braskem, que ele mesmo propôs. A pressão aumentou após mais uma mina romper em Maceió, no último domingo. Calheiros está tentando convencer os governistas a nomeá-lo como relator da CPI, mas muitos senadores acreditam que a relatoria deveria ser atribuída a alguém que não tenha interesses particulares.
Há preocupações de que Calheiros possa usar a CPI como plataforma para atacar seu desafeto Arthur Lira, do PP-AL. A disputa entre o clã Calheiros e Lira é o cerne da investigação. A Braskem fechou um acordo de indenização bilionário com a prefeitura de Maceió, e Renan Calheiros argumenta que o acordo deveria ter sido firmado com o Estado de Alagoas. A CPI pode interferir no uso dos mais de R$ 1,7 bilhão pela prefeitura, caso encontre alguma irregularidade que pode levar ao cancelamento da indenização.
Se não conseguir a relatoria, Renan Calheiros busca a primeira-vice-presidência da CPI. Ele já negociou com o atual primeiro-vice, Jorge Kajuru, a troca de posições. Além disso, os governistas apostam no petista Rogério Carvalho para a relatoria da CPI.