A Assembleia Geral de Credores (AGC) da Americanas, uma importante empresa do varejo brasileiro, aprovou o plano de recuperação judicial em uma reunião que durou cerca de seis horas. A aprovação teve o apoio de 91,4% dos votantes. A expectativa é que o plano seja homologado em janeiro de 2024, após o recesso do Judiciário. O plano inclui a capitalização da empresa em R$ 24 bilhões, com R$ 12 bilhões sendo investidos pelos acionistas de referência. Os bancos credores irão converter R$ 12 bilhões em ações. Houve algumas mudanças de última hora no plano, mas a Americanas destacou que foram apenas pontuais. O CEO da empresa afirmou que o plano oferece um caminho para a reconstrução operacional e financeira. A CFO da Americanas também comemorou o acordo com os credores, ressaltando a oportunidade de reestruturação de dívidas e foco na estratégia de negócios. O plano aprovado estabelece diferentes prazos e modalidades de pagamento para cada tipo de credor.
A Americanas anunciou recentemente adesões ao seu plano de recuperação judicial, o que torna quase certa a aprovação do mesmo. Diversos bancos, como Banco do Brasil e Banco da Amazônia, se uniram ao plano, juntando-se aos credores principais, como Bradesco e Santander. A empresa divulgou seu balanço financeiro, revelando prejuízos de bilhões de reais nos últimos dois anos, devido a resultados operacionais fracos, altas despesas financeiras e lançamentos extraordinários. Um escândalo contábil foi revelado no início do ano, com um valor fraudado maior do que o inicialmente divulgado. O CEO da Americanas afirmou que os resultados são compatíveis com a realidade e que a empresa está empenhada em se recuperar, negociando com credores, investigando a fraude contábil e transformando a companhia. A recuperação judicial é um processo que permite às empresas renegociarem suas dívidas e evitarem a falência.