Análise: documentário sobre Bob Marley retrata a influência mundial do ícone do reggae

Um novo filme sobre Bob Marley, chamado “Bob Marley – One Love”, estreou recentemente, no mês em que o músico completaria 79 anos. Dirigido por Reinaldo Marcus Green e com produção-executiva de Brad Pitt, o longa retrata um período específico da vida do lendário músico reggae, conhecido por sua influência global e suas posturas sociais e políticas em prol da paz.

A história começa em 1976, com um evento marcante em que Marley sofreu um atentado após anunciar um show pela paz em uma Jamaica assolada por tensões políticas e sociais. O enredo se desenvolve até a descoberta do câncer e o lançamento de músicas icônicas como “Redemption Song”. Ao longo do filme, são mostrados flashbacks que revelam partes da jornada de Marley, desde o abandono paterno até sua ascensão ao estrelato.

O filme faz uma escolha narrativa interessante ao evitar a abordagem convencional cronológica e, em vez disso, focar em momentos-chave da vida de Marley. No entanto, apesar disso, não transmite com clareza a profundidade da mensagem do músico para o público.

O ator Kingsley Ben-Adir entrega uma performance sólida como Bob Marley, embora em alguns momentos pareça desconectado da aura única do músico jamaicano. Ele também dubla nas partes musicais do filme. Destaca-se também a atuação de Lashana Lynch como Rita Marley, esposa de Bob, que adiciona uma camada emocional importante à narrativa.

O aspecto religioso de Marley e sua relação com a fé rastafári e o uso da cannabis são tratados de forma sensível no filme, enriquecendo a compreensão sobre a complexidade do músico.

No geral, “Bob Marley – One Love” oferece um retrato coerente do ícone do reggae e de sua influência global. Embora não atinja plenamente a grandeza de Marley, o filme é uma experiência que vale a pena para os fãs do músico e promete emocionar aqueles que sempre quiseram ouvir a voz do astro com qualidade de cinema.

Avaliação: Bom

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