Antecipando o diagnóstico da demência: novo avanço científico desvendado

Cientistas descobriram que um exame de sangue pode ser capaz de diagnosticar a demência antes mesmo dos sintomas aparecerem. Essa descoberta foi publicada em uma renomada revista científica. Utilizando informações de saúde de mais de 52 mil pessoas, os pesquisadores identificaram biomarcadores relacionados ao Alzheimer e outras formas de demência.

Os cientistas utilizaram amostras de sangue coletadas entre 2006 e 2010 de um projeto no Reino Unido. Dentre os participantes, 1.417 desenvolveram Alzheimer, demência vascular ou demência em um período de 14 anos.

O Alzheimer é uma doença degenerativa que causa a morte de células cerebrais e pode começar a se desenvolver décadas antes dos primeiros sintomas. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço da doença. Os sintomas geralmente aparecem em pessoas com mais de 70 anos, mas também podem se manifestar em pessoas mais jovens. Quando a doença se manifesta em pessoas jovens, é chamada de Alzheimer precoce.

Os primeiros sinais do Alzheimer incluem alterações na memória, como esquecer coisas simples como onde guardou as chaves ou o nome de alguém. Além disso, desorientação, dificuldade em tomar decisões e perda de interesse em tarefas rotineiras também são sintomas comuns.

A presença de proteínas danificadas, doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética podem estar associadas ao surgimento do Alzheimer. O tratamento da doença envolve o uso de medicamentos para reduzir os sintomas, além de fisioterapia e estimulação cognitiva.

Os pesquisadores compararam as amostras de sangue dos pacientes com demência com as de pessoas saudáveis e encontraram 1.463 proteínas associadas à doença. A presença dessas proteínas indicava uma maior probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer ou outras formas de demência.

Indivíduos com níveis elevados de uma proteína chamada GFAP têm maior probabilidade de desenvolver demência, de acordo com um estudo recente. A GFAP fornece suporte estrutural a células nervosas chamadas astrócitos. A descoberta sugere a importância de buscar terapias modificadoras da doença na fase inicial da demência. A neurocientista Amanda Heslegrave, da University College London, destacou a necessidade de estudos como esse. Siga nossa editoria de Saúde no Instagram para ficar atualizado sobre esse assunto!

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