Após o senador Hamilton Mourão fazer um discurso no Senado criticando o Supremo Tribunal Federal (STF) e conclamando as Forças Armadas a reagirem contra “processos ilegais”, o termo “paquita da ditadura” voltou a ser discutido nas redes sociais. Mourão foi ironicamente apelidado de “paquita da ditadura” em 2022, quando fez comentários polêmicos nas redes sociais. Agora, ao criticar as operações da Polícia Federal que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, Mourão novamente se tornou alvo de piadas nas redes sociais.
No discurso, Mourão afirmou que o país está caminhando para a implantação de um regime autoritário e defendeu a atuação das Forças Armadas contra o que ele chamou de “arbítrios” do STF. Porém, diante da repercussão negativa, a assessoria do senador emitiu uma nota alegando que ele é “legalista” e não incitou nenhum tipo de ruptura institucional.
O apelido de “paquita da ditadura” surgiu em 2022, quando Mourão chamou os comunistas de traidores da pátria e afirmou que eles já tinham “intentado contra o Estado e o povo brasileiro” em outros momentos da história. O termo “paquita” é uma referência ao grupo de assistentes da apresentadora Xuxa. Agora, com a crítica às operações da PF, o apelido voltou a circular nas redes sociais através de memes e postagens irônicas.
Apesar da controvérsia gerada pelo discurso de Mourão, vale ressaltar que a nota de sua assessoria de comunicação enfatizou que o senador repudia os fatos ocorridos, mas não defendeu nenhum tipo de ruptura institucional ou golpe.
A necessidade de ação das Forças Armadas e da Justiça Militar para a instauração de inquéritos policiais militares (IPM) é fundamental quando se trata de investigar a conduta de militares da ativa que possam estar envolvidos em irregularidades relacionadas ao exercício de cargos e funções militares.
Os Comandantes das Forças Armadas têm a responsabilidade integral sobre os militares da ativa, e é dever deles atuarem e utilizarem suas ferramentas para realizar as investigações necessárias. Caso seja comprovado que um militar da ativa tenha cometido algum tipo de crime que não esteja relacionado à Justiça Militar, a responsabilidade será da justiça comum, na instância pertinente.
É importante ressaltar que o senador em questão é conhecido por pautar suas ações na vida pública de acordo com o respeito à Constituição e às leis, sendo sempre um legalista. Portanto, qualquer alegação ou insinuação feita em relação às palavras proferidas por ele em seu discurso, no dia 08/02, são infundadas e fazem parte do jogo político de difamação contra a oposição.
Em suma, é imprescindível que as Forças Armadas e a Justiça Militar atuem de forma conjunta na condução de investigações de possíveis irregularidades envolvendo militares da ativa. A responsabilidade dos Comandantes é primordial nesse sentido, garantindo que, caso haja evidências de crimes que não sejam afetos à Justiça Militar, a devida instância da justiça comum seja acionada. É importante reconhecer e confiar na postura legalista do senador, rejeitando narrativas políticas que visem difamar a oposição.