A semana passada foi intensa em Brasília, com eventos que agitaram o cenário político do país. Desde a abertura do ano legislativo, em que o presidente da Câmara, Arthur Lira, fez críticas ao governo, até a revelação de esquemas golpistas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados militares. Paralelamente, o ex-presidente Lula aproveitou a oportunidade para se reunir com governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, buscando apoio e influência política.
Esses encontros de Lula com governadores oposicionistas podem ter relação direta com as divergências de Lira. Além de ganhos eleitorais, essas visitas também podem influenciar em obras federais importantes nos estados, o que acaba afetando o apoio parlamentar ao presidente da Câmara. Por outro lado, Bolsonaro ficou em silêncio diante das polêmicas, não prestando solidariedade ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que também foi envolvido nos esquemas golpistas.
Lula agiu de forma cautelosa, evitando comentar diretamente as operações da Polícia Federal e defendendo a presunção de inocência para Bolsonaro. No final da semana, enquanto surgia um vídeo comprometedor com provas dos esquemas de Bolsonaro, Lira se encontrava com Lula, em um café da manhã, no qual teria suavizado suas cobranças feitas anteriormente. A partir de agora, a comunicação entre Lira e o governo ocorrerá através do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Parece que Lira começou o ano de forma agressiva, mas terminou a semana enfraquecido. Essa prévia do carnaval político promete trazer muito mais agitação nas semanas seguintes.