As despesas com a manutenção de 111 agentes da Força Nacional no Rio Grande do Norte, envolvidos nas buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, totalizaram R$ 818 mil até o momento, custando aos cofres públicos aproximadamente R$ 37,2 mil por dia. Esse montante refere-se às diárias pagas aos policiais e bombeiros que estão empenhados na operação de captura dos foragidos.
Desde sua chegada em 23 de fevereiro, os agentes da Força Nacional estão equipados com 22 viaturas e um ônibus, sendo a previsão inicial de permanência no território por 30 dias, o que resultará em um custo total de cerca de R$ 1,1 milhão para alojamento dos agentes. As despesas com diárias são o principal gasto nesse tipo de operação no país, representando 93% do total, enquanto os 7% restantes são destinados a manutenção e combustível.
Além dos agentes da Força Nacional, as buscas também contam com integrantes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e policiais militares e civis de estados do Nordeste, somando cerca de 500 profissionais na operação de captura. Até o momento, apesar do esforço conjunto, os criminosos Deibson Cabral e Rogério da Silva continuam foragidos, o que tem gerado frustração no efetivo policial.
Recentemente, um caso de fuga de presidiários chamou atenção em Mossoró. Dois detentos ligados a uma facção criminosa escaparam de um presídio federal após abrir um buraco no teto da cela. Essa foi a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal desde a sua criação em 2008.
O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil comentou sobre o alto custo de manter a segurança pública, especialmente em situações de emergência. Ele defendeu que é necessário que a população compreenda que garantir a segurança exige investimentos significativos.
Diante do ocorrido, a Força Nacional foi acionada para auxiliar nas buscas aos fugitivos. Esse programa de cooperação entre estados e governo federal conta com policiais e bombeiros treinados para atuar em momentos de crise, como o que ocorreu em Mossoró. O deslocamento dos policiais é financiado pelo governo federal com diárias que variam entre R$ 335 e R$ 425, dependendo do destino.
Os detentos que escaparam aproveitaram-se de falhas na segurança da penitenciária, já que parte das câmeras de monitoramento não funcionava e o local estava em processo de reformas, facilitando a fuga. A investigação interna iniciada pelo Ministério da Justiça visa apurar se houve facilitação por parte dos servidores no acontecimento da fuga.
