O governador Tarcísio de Freitas tem negado que a atual ação na Baixada Santista tenha relação com operações anteriores, desautorizando declarações prévias da PM. Após a alta mortalidade na operação do ano passado, o plano original foi reformulado. No entanto, a abordagem atual tem gerado críticas, resultando em um número significativo de mortes, incluindo casos controversos como o de Edneia Fernandes baleada durante uma ação policial.
A Operação Verão deste ano se tornou uma das mais letais da PM paulista, com um aumento alarmante de mortes. Destaca-se o caso do soldado Marcelo Augusto da Silva e de outras pessoas mortas em supostos confrontos com a polícia. O governo comemora prisões e mortes de líderes do PCC, mas também registra incidentes graves, como a morte de José Marcelo Neves dos Santos, com indícios de tortura, e de Leonel Andrade Santos, uma pessoa com deficiência, e seu amigo Jefferson Ramos Miranda, baleados por policiais.
A justificativa é de que a operação visa proteger a população, especialmente aquela que vive nas comunidades mais vulneráveis à ação do crime organizado. O foco está na prisão de membros dessa organização criminosa, bem como daqueles envolvidos em atos violentos contra policiais. A ação busca também garantir a segurança das áreas turísticas litorâneas durante a temporada de verão.
Diante do recrudescimento da criminalidade na Baixada Santista, uma série de ocorrências policiais chamaram a atenção. Entre elas, destacam-se casos como o de policiais baleados durante investigações sobre tráfico de drogas e a morte de civis em confrontos com a PM. A resposta das autoridades incluiu a intensificação de operações policiais na região.
As notícias reportam policiais mortos, execuções e ações policiais em bairros periféricos. Vítimas civis foram removidas rapidamente da cena do crime, prejudicando a investigação dos fatos. O cenário das ocorrências inclui áreas carentes e marcadas pela presença ostensiva do tráfico de drogas.
A concentração de mortes entre indivíduos negros e pardos chama atenção para possíveis violações de direitos humanos e abusos policiais. Há relatos de remoção rápida dos corpos das vítimas, dificultando a investigação e levantando dúvidas sobre a versão oficial dos eventos. Autoridades locais estão investigando irregularidades no procedimento de remoção das vítimas.
Casos específicos, como o envolvimento de policiais em confrontos, mostram a complexidade e sensibilidade da situação, com famílias e testemunhas questionando a legalidade das ações policiais. A necessidade de transparência e prestação de contas é vital para restabelecer a confiança da população nos órgãos de segurança.
De acordo com a versão oficial, as autoridades afirmaram que os indivíduos teriam reagido à abordagem policial. No entanto, essa narrativa é questionada por pessoas próximas aos envolvidos, pois Leonel, que usava muletas, não teria a capacidade física de atirar e correr simultaneamente.