O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou recentemente um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do Brasil, a Selic, o que ficou abaixo das expectativas do governo e gerou reações negativas de pessoas próximas ao ex-presidente Lula. A votação foi dividida, com cinco diretores, incluindo o presidente do BC, votando pelo corte de 0,25 p.p. e quatro indicados por Lula defendendo a queda de 0,50 p.p. No final, a Selic foi reduzida para 10,50% ao ano. Algumas figuras políticas, como o ministro Fernando Haddad e o vice-presidente Geraldo Alckmin, expressaram opiniões divergentes em relação à decisão.
Haddad preferiu manter-se em silêncio sobre o assunto, enquanto Alckmin criticou a redução da Selic, considerando que as taxas de juros atuais são prejudiciais ao desenvolvimento do país. Para Alckmin, embora o corte de 0,25 p.p. seja um sinal positivo de confiança no governo, é necessário acelerar a redução das taxas para promover um ambiente mais favorável aos investimentos e ao consumo.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi uma das críticas mais contundentes, classificando a decisão do Copom como um “crime contra o país” e apontando supostas sabotagens à economia. Ela ainda questionou a autonomia do Banco Central e a gestão da direção, considerando-os opositores ao governo eleito.
A votação no Copom revelou divisões, com diretores indicados durante a gestão do PT defendendo um corte maior na Selic, enquanto os demais optaram pela redução de 0,25 p.p. O presidente do BC foi responsável pelo voto decisivo que definiu a taxa em 10,50% ao ano. E o comunicado do Banco Central destacou a importância de uma política fiscal sustentável para a estabilidade econômica e a redução dos riscos financeiros.
O governo federal anunciou recentemente as metas fiscais para os anos de 2025 e 2026. Já em março, durante uma reunião anterior, essa mesma questão foi mencionada, porém de forma menos enérgica e com menos detalhes. Na ocasião, uma nota declarou a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para manter as expectativas de inflação sob controle e, por consequência, para orientar a política monetária.
O Comitê reforçou a necessidade de um sólido cumprimento dessas metas, considerando sua importância para garantir a ancoragem das expectativas inflacionárias e para a condução eficaz da política monetária no país. O anúncio das metas para 2025 e 2026 demonstra um compromisso em manter a estabilidade econômica e fiscal no longo prazo.
O comunicado ressalta a relevância da disciplina fiscal para assegurar a sustentabilidade das finanças públicas e para promover um ambiente econômico sólido e previsível. A definição clara e o alcance dessas metas fiscais são fundamentais para garantir a confiança dos investidores e a estabilidade macroeconômica do país.