O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do colegiado em que foi reduzida a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano, o menor patamar desde março de 2022.
Desde agosto, essa foi a quarta redução dos juros, interrompendo o ciclo de aperto monetário. A expectativa do mercado era de uma redução de 0,5 ponto percentual, chegando a 12,25% ao ano.
A principal razão para a redução é a desaceleração da inflação no país. Apesar dos sinais de arrefecimento, ainda há um longo caminho para que a inflação retorne à meta.
O BC expressa preocupação com o “esmorecimento” do governo em relação às reformas estruturais e à disciplina fiscal, o que pode aumentar a taxa de juros neutra da economia e ter impactos negativos na política monetária.
É ressaltada a importância da execução das metas fiscais para a ancoragem das expectativas de inflação e para a condução da política monetária.
O Banco Central do país divulgou uma ata destacando a desaceleração da economia brasileira e a necessidade de manter uma política monetária contracionista para controlar a inflação. Os indicadores recentes de atividade econômica estão alinhados com a expectativa de desaceleração, mas o consumo das famílias permanece resiliente. O mercado de trabalho também está aquecido, embora com alguma moderação.
O Copom destaca a importância de manter uma política monetária contracionista para que a inflação converja para a meta e para ancorar as expectativas. O ciclo de redução da taxa de juros dependerá da evolução da inflação, das expectativas de inflação, do crescimento econômico, do hiato do produto e do balanço de riscos. Os membros do Comitê preveem redução da taxa de mesma magnitude nas próximas reuniões para manter a política contracionista necessária.
O ambiente externo tem sido menos adverso, com uma moderação do crescimento e um arrefecimento das pressões inflacionárias em alguns países. Os bancos centrais das principais economias continuam empenhados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. No entanto, o Copom avalia que os países emergentes ainda devem agir com cautela.
Diante da volatilidade e incerteza no cenário internacional, o Comitê considera apropriado adotar uma postura de acompanhamento cuidadoso das condições externas.
O Banco Central do Brasil emitiu um comunicado alertando para a necessidade de cautela, especialmente em países emergentes, devido às incertezas da economia global. O Comitê de Política Monetária (Copom) continuará monitorando os dados econômicos e os canais de transmissão que afetam a economia doméstica.
O Copom realiza reuniões a cada 45 dias. No primeiro dia, são apresentados relatórios técnicos sobre a situação econômica no Brasil e no mundo, bem como o desempenho do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do comitê definem a taxa Selic, que é a taxa básica de juros do país. A próxima reunião está agendada para 30 e 31 de janeiro de 2024. Veja abaixo o calendário completo das oito reuniões do Copom em 2024:
– 30 e 31 de janeiro
– 19 e 20 de março
– 7 e 8 de maio
– 18 e 19 de junho
– 30 e 31 de julho
– 17 e 18 de setembro
– 5 e 6 de novembro
– 10 e 11 de dezembro