Na pré-campanha eleitoral em São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos e o prefeito Ricardo Nunes têm usado a polarização política para ganhar destaque e evitar o crescimento um do outro. Ambos têm feito ataques nas redes sociais e discursos públicos, buscando enfatizar o extremismo do outro. Eles também clamam por uma frente ampla para derrotar seus adversários.
Nesta semana, Boulos se beneficiou da operação da Polícia Federal que investiga uma possível conspiração para articular um golpe de estado em 2022 e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Boulos publicou fotos de Nunes ao lado de Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que foi preso durante a operação. Ele aproveitou a situação para atacar o bolsonarismo e reforçar a ideia de risco à democracia.
Por sua vez, Nunes também fez seus ataques. Em discursos públicos, ele chamou Boulos de mentiroso por divulgar informações inverídicas sobre a compra de armadilhas para mosquitos de dengue. Nunes criticou o estilo de Boulos e mencionou situações em que ele foi levado à delegacia por depredação e respondeu a processos por desacato.
O embate entre Boulos e Nunes mostra a intensidade da disputa política em São Paulo e a estratégia de ambos em se posicionarem como opostos extremos um do outro. As redes sociais e os discursos têm sido as ferramentas utilizadas por eles para atingir o eleitorado e conquistar votos. Resta aguardar como essa polarização se desenrolará ao longo da campanha eleitoral.
A disputa pela prefeitura de São Paulo entre os candidatos Guilherme Boulos e Ricardo Nunes tem sido marcada por polarização política. Boulos conta com o apoio do ex-presidente Lula, enquanto Nunes tem uma interdição que o impede de criticar o presidente Bolsonaro, devido à sua filiação ao MDB.
A polarização, embora comum no cenário político atual, pode não ser a estratégia mais efetiva em uma eleição municipal. Os eleitores estão em busca de soluções para questões locais, como serviços de saúde, educação e saneamento. Nesse sentido, a estratégia de marcar território e atacar o rival pode abrir espaço para o crescimento de outros candidatos, como Tabata Amaral.
Além disso, as eleições para a prefeitura de São Paulo servem como referendo sobre os rumos que a cidade vem tomando. A popularidade de Nunes é um fator relevante não apenas para ele, mas também para seus adversários.