O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, criticou no passado a “política do consenso” que possivelmente resultará na escolha de Marta Suplicy como sua vice em 2024. Essa crítica foi mencionada por Boulos em seu livro “De que lado você está? – Reflexões sobre a conjuntura política e urbana no Brasil”, publicado em 2015. No livro, ele expressa sua intenção de tomar partido nos conflitos em vez de buscar consensos.
Boulos reconhece que a estratégia do consenso adotada por uma “certa esquerda” no Brasil foi um erro. Segundo ele, essa estratégia foi responsável por amortecer os grandes enfrentamentos da sociedade brasileira e permitir o fortalecimento de ideias prejudiciais. Além disso, Boulos menciona o “petismo” e sua postura conciliadora como um erro que contribuiu para a despolitização da sociedade.
No sábado (13/1), Boulos se encontrou com Marta Suplicy, que foi sua adversária política no passado, e há rumores de que ela poderá se tornar sua vice em 2024. Para isso acontecer, Marta precisaria retornar ao PT, partido do qual se desfilou em 2015 devido aos escândalos de corrupção. Lula, líder do PT, está buscando uma “frente ampla” para enfrentar o bolsonarismo em 2024, assim como fez em 2022 ao escolher Geraldo Alckmin como vice. No entanto, é importante ressaltar que Marta sempre teve uma postura mais ao centro, apesar de ter sido filiada ao PT por muitos anos.
É interessante observar que essa possível aliança entre Boulos e Marta desperta debates e questionamentos devido às diferenças ideológicas e históricas entre os dois políticos. Resta aguardar para ver como essa aliança se concretizará e como ela poderá impactar a política de São Paulo.