Um dos membros importantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecido como Dudinha, foi preso em flagrante na cidade de São Paulo. Dudinha era considerado o braço direito de Marcola, líder do PCC, e mantinha um esconderijo dentro do seu guarda-roupas onde escondia armas e munições. A prisão ocorreu como parte de uma operação da Polícia Federal para coibir um plano de sequestro de autoridades. Ao ser rendido, Dudinha estava armado. Além das armas encontradas no esconderijo, a polícia também apreendeu um colete balístico e quatro veículos de luxo.
Segundo as investigações, Dudinha faz parte de uma célula secreta do PCC, chamada sintonia restrita, que trata de assuntos sigilosos e relevantes para a cúpula da facção. Essa célula é formada por membros de extrema confiança do comando e com alto poder decisório, e conta com a estima do líder máximo, Marcola.
A operação que levou à prisão de Dudinha é um desdobramento de uma ação da Polícia Federal realizada em março deste ano, chamada operação Sequaz. Na ocasião, foi descoberto um plano do PCC para sequestrar e assassinar servidores públicos e autoridades, incluindo o ex-juiz e senador Sergio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Ainda não se sabe quais autoridades seriam alvo do suposto novo plano de ataque, mas foram encontradas informações sobre as residências oficiais do senador Sergio Moro e dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados na primeira fase da investigação.
O PCC é uma facção criminosa liderada por Marcola, cuja transferência para um presídio federal foi pedida pelo promotor Lincoln Gakiya em 2018. No início de 2019, Marcola foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília. O chamado pacote anticrime proposto por Sergio Moro inclui medidas como a proibição da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos em presídios federais, o que seria uma resposta ao plano de sequestro e morte de autoridades com o objetivo de obter dinheiro e resgatar Marcola.