Segundo informações do Ministério do Planejamento e Orçamento, o Brasil pagou R$ 4,6 bilhões em dívidas com organismos internacionais em 2023. Esses pagamentos incluem contribuições regulares a organismos internacionais, cotas de bancos multilaterais e fundos internacionais. Parte desse valor, R$ 1,1 bilhão, foi destinado à quitação de passivos relacionados a missões de paz da ONU, e R$ 289 milhões foram pagos integralmente para o orçamento regular da ONU.
Ao realizar esses pagamentos, o Brasil reafirma seu compromisso com o multilateralismo, a ONU e sua atuação internacional, garantindo assim o direito de voto do país na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2024. Além disso, esses pagamentos permitiram ao Brasil recuperar o direito de voto em organizações como a OIM, CTBTO, AIEA, Opaq e TPI.
O Brasil também quitou dívidas na área de meio ambiente e mudança do clima, incluindo contribuições para a UNFCCC e o Protocolo de Quioto. Outros organismos internacionais que receberam pagamentos do Brasil foram OEA, OMC, Unesco, OIT, OMS e FAO.
No âmbito regional, foram regularizados os pagamentos para o FOCEM, Secretaria do Mercosul e ALADI. Esse quadro de adimplência fortalece a imagem do Brasil no cenário internacional, reafirmando seu compromisso com o multilateralismo e fortalecendo sua atuação diplomática em prol dos interesses nacionais e dos princípios da política externa brasileira.
O Ministério do Planejamento e Orçamento destaca que o Brasil continuará honrando seus compromissos internacionais em 2024, uma vez que esse tipo de despesa passou a ser tratada como obrigatória na Lei Orçamentária Anual para esse ano.