O presidente da COP28, Ahmed Al Jaber, afirmou em entrevista que sua empresa, a Adnoc, continuará investindo em petróleo, mesmo diante do acordo de transição para o fim do uso de combustíveis fósseis. Al Jaber argumentou que a demanda atual precisa ser atendida e que sua abordagem é ser um fornecedor responsável e confiável de energia de baixo carbono.
Al Jaber mencionou que a Adnoc está focando em hidrocarbonetos de baixo carbono, extraídos de forma eficiente e com menos vazamentos. Ele também citou resoluções tomadas dentro da COP28, como as conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que afirmaram que ainda será necessário uma pequena quantidade de combustível fóssil em 2050.
O presidente da COP28 ressaltou a importância de descarbonizar o sistema energético atual enquanto se constrói um novo sistema energético. Segundo ele, o mundo ainda precisa de petróleo e gás de baixo carbono e de baixo custo. Al Jaber afirmou que os investimentos da Adnoc estão alinhados com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.
Na COP28, Al Jaber recebeu elogios ao apelar para os países contribuírem de forma justa, ordenada e equitativa na transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos. Foi a primeira vez que a transição dos combustíveis fósseis foi oficialmente mencionada nos documentos finais de uma cúpula sobre meio ambiente.
Apesar disso, especialistas afirmaram que as decisões tomadas na COP28 ainda estão longe de ser suficientes para combater as mudanças climáticas de forma efetiva.
O Ministro da Indústria dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Al Jaber, defendeu seu papel como um líder da indústria de petróleo, argumentando que sua experiência em ambos os lados da questão o torna um defensor comprometido da transição para uma economia de baixo carbono.
Em uma entrevista recente, Al Jaber respondeu às críticas de que ele não estava fazendo o suficiente para limitar os impactos da crise climática. Ele afirmou que está comprometido com a transição há mais de 18 anos e citou sua experiência como cofundador de uma empresa de energia renovável, a Masdar, como evidência disso.
O ministro também reconheceu as preocupações de países em desenvolvimento sobre a falta de garantias de financiamento para ajudá-los a alcançar seus objetivos climáticos. No entanto, ele não comentou sobre medidas específicas para resolver esse problema.
Al Jaber afirmou que sua formação como engenheiro lhe dá um bom entendimento da dinâmica e economia energética, e que ele não é apenas um representante da indústria do petróleo, mas sim alguém que busca a transição para um mundo de baixo carbono.