Após quarenta dias da morte da paciente conhecida como Clarinha, que ficou em coma por 24 anos em um hospital de Vitória (ES), seu corpo permanece no Departamento Médico Legal da capital sem identificação. A Polícia Civil do Espírito Santo realizou 12 testes para encontrar possíveis familiares, quatro deles ainda sem resultados. A expectativa é liberar o corpo para o sepultamento na próxima semana. Durante os 24 anos de internação, não foi possível coletar digitais de Clarinha. Somente após sua morte, peritos puderam levantar as impressões digitais para exames e comparações.
Clarinha foi atropelada em 2000 e chegou ao hospital sem documentos. O médico Jorge Potratz cuidou dela durante todo o tempo de internação. Após o acidente, Clarinha ficou em coma por quase 24 anos no Hospital da Polícia Militar de Vitória.
A análise pendente dos exames deve ser concluída no início da próxima semana para então iniciar os procedimentos legais de liberação do corpo para a família ou, em caso de resultados negativos, para o coronel Jorge Potratz, que se prontificou a realizar o enterro. O chefe do Departamento Médico Legal explicou que, devido à complexidade do caso, o prazo de liberação foi estendido para 40 dias.
No caso da paciente Clarinha, houve muitos exames realizados, sem resultados positivos até o momento. O processo de sepultamento de um corpo não identificado normalmente é realizado pela equipe, mas neste caso, o coronel Potratz se ofereceu para o processo. Caso os resultados dos exames sejam negativos, o coronel será contatado para iniciar o processo de registro civil e proporcionar um enterro digno para Clarinha.
Recentemente, foi divulgado que o chefe do DML de Vitória está atendendo pedidos para a solicitação da Certidão de Óbito de pacientes. Caso novas solicitações surjam e haja compatibilidade ou parentesco confirmados, a família poderá realizar o sepultamento conforme sua vontade, mediante autorização judicial.
Uma paciente, conhecida como Clarinha, faleceu em março e desde então seu corpo está sendo mantido refrigerado para preservar suas condições até o velório ou enterro. O armazenamento é feito em baixíssima temperatura, garantindo a conservação do corpo como se a pessoa houvesse falecido recentemente.
Clarinha foi vítima de um atropelamento em 2000, sem que o veículo ou local fossem identificados. Ela chegou ao hospital sem documentos e permaneceu em coma. O nome Clarinha foi atribuído em 2016 por um médico, considerando seu tom de pele claro. Após uma reportagem na TV em 2016, mais de 100 famílias se manifestaram ao Ministério Público suspeitando de possível parentesco com a paciente. Por meio de exames de DNA, alguns casos foram descartados, e outros não apresentaram compatibilidade genética com Clarinha.
A história de Clarinha é marcada por mistério e tentativas de identificação, culminando em seu falecimento após complicações de saúde. Apesar dos esforços, a busca por sua identidade e família permaneceu inconclusiva, deixando a angústia de uma história sem desfecho definitivo.