Conheça a organização militar árabe responsável pela implementação de vigilância em São Paulo.

O governo de São Paulo fechou parceria com a Edge Group, empresa estatal dos Emirados Árabes Unidos, para implementar o programa Muralha Paulista, voltado para a área de Segurança Pública. A empresa é representada no Brasil por Marcos Degaut, aliado dos bolsonaristas e ex-secretário do Ministério da Defesa.

A Edge é um conglomerado com diversas empresas sob sua administração, incluindo aquisições recentes de empresas brasileiras de material bélico. Ela se envolve em atividades de defesa e soberania em diferentes países, oferecendo produtos como drones, mísseis e soluções para “guerra eletrônica”.

A empresa tem buscado parcerias com companhias de tecnologia no Brasil, além de participar de eventos de segurança em países da América Latina. Há associações internacionais entre a Edge e a empresa DarkMatter, especializada em espionagem eletrônica de telefones celulares.

No entanto, o secretário da Segurança Pública de São Paulo afirmou que não está em discussão o monitoramento de celulares pela Edge. A empresa focará na estruturação do Muralha Paulista, que visa melhorar a segurança por meio de sistemas de monitoramento eletrônico integrados para auxiliar as forças policiais.

Em comunicado oficial, a Edge destaca que assinou acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, em colaboração com os Emirados Árabes Unidos, para projetos de segurança pública no estado. A parceria envolve tecnologia avançada e é descrita como uma iniciativa sem custo para o governo paulista.

Uma empresa dos Emirados Árabes Unidos, o Edge Group, revelou que mantém acordos com diversos estados e governadores no Brasil, buscando cooperar em projetos e realizar investimentos para impulsionar a geração de empregos, renda e desenvolvimento tecnológico no país. A nota emitida pela empresa ressalta a disposição em colaborar com qualquer estado brasileiro em iniciativas de interesse mútuo.

Em relação ao CEO da América Latina, Marcos Degaut, a empresa enfatiza que não há conflito de interesses, uma vez que ele nunca foi cliente do Ministério da Defesa do Brasil ou da secretaria que Degaut anteriormente comandava. A contratação de Degaut teria ocorrido somente após um período superior à quarentena de 180 dias recomendada para servidores públicos, seguindo todos os procedimentos legais e regulamentares estabelecidos pelos órgãos competentes.

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