Um casal considerado foragido, identificado como líder do esquema, está ligado ao caso de três influenciadoras digitais do Distrito Federal que foram presas por envolvimento em atividades ilícitas. As influenciadoras foram detidas por suspeitas de participação em um esquema que incluía lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e crimes contra a saúde pública.
Antes da operação de prisão, o casal estava próximo de obter a cidadania italiana e teriam enviado grandes quantias de dinheiro para o exterior, convertendo parte em bitcoins para dificultar a localização pelas autoridades. Mesmo viajando frequentemente para os Estados Unidos e Europa, eles mantinham um perfil discreto nas redes sociais.
O casal de criminosos não utilizava aeroportos brasileiros para viagens internacionais, preferindo voos domésticos para cidades fronteiriças e cruzando de carro para países vizinhos, de onde embarcavam para destinos como Itália e Espanha. Atualmente, estariam escondidos na Europa, tentando evitar a prisão preventiva que os aguardava.
A investigação revelou que as influenciadoras faziam parte de uma rede internacional de tráfico de drogas, promovendo a venda de produtos com extrato de maconha por meio de seus perfis no Instagram. A organização criminosa liderada pelo casal adquiria contas bancárias em nome de terceiros e usava empresas fantasmas para lavar o dinheiro proveniente do tráfico.
Recentemente, sete mandados de prisão e 12 de busca e apreensão foram emitidos no Distrito Federal, Rio de Janeiro e em São Paulo, em meio a uma operação policial. O grupo criminoso descoberto operava websites e contas em redes sociais para o comércio ilegal de drogas, sendo que anunciavam a venda de remédios para diversas doenças. Os traficantes se comunicavam com clientes usando números internacionais pelo WhatsApp.
Os criminosos contrataram influenciadores digitais para divulgar a venda da droga em seus perfis no Instagram. Uma das influenciadoras, com mais de 38 mil seguidores, foi identificada como parte da rede criminosa. Em suas postagens, ela promovia canetas e refis com óleo de maconha, incentivando o consumo da droga e direcionando os seguidores para os sites dos traficantes.
Outra influenciadora presa foi apresentada como empresária em seu perfil no Instagram, onde compartilhava fotos e vídeos, sempre destacando o uso de maconha. Ela produzia vídeos encomendados pelo grupo criminoso recomendando a compra dos refis de maconha e divulgando os endereços dos sites dos traficantes.
A terceira influenciadora envolvida no esquema também utilizava suas redes sociais para promover os refis de maconha com alto teor de THC nos Stories, fazendo propagandas para o grupo. Entre fotos em praias paradisíacas, ela exibia o uso das canetas com óleo de maconha em suas postagens.