Recentemente, o Observatório de Causas de Grande Repercussão (OCGR), composto por membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), analisou de perto um caso sensível em Goiás: o assassinato do empresário Fábio Escobar, ocorrido em junho de 2021 em Anápolis.
O caso, conhecido como “caso Escobar”, envolveu denúncias contra Jorge Ramos Caiado, parente do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e Carlos César Savastano de Toledo, ex-presidente do DEM em Anápolis, como supostos mandantes do assassinato. Segundo o Ministério Público, Escobar foi morto por ter feito acusações contra Toledo, com quem colaborou na campanha de Caiado em Anápolis em 2018, e Jorge Caiado teria auxiliado no planejamento do crime.
O OCGR, que busca melhorar o Sistema de Justiça para lidar com situações de alta complexidade e grande repercussão social, decidiu acompanhar o caso após um pedido dos membros do Ministério Público de Goiás que estão envolvidos nas investigações sobre a morte de Fábio Escobar.
Além do assassinato do empresário, as autoridades investigam outras sete mortes potencialmente ligadas ao caso, incluindo possíveis ações de queima de arquivo.
Em outra frente, um desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás, Adriano Roberto Linhares Camargo, se declarou suspeito de lidar com os processos relacionados ao “caso Escobar” após expressar opiniões críticas à Polícia Militar, a qual os principais suspeitos de executar Escobar pertencem. A situação causou repercussões e controvérsias, levando à sua suspensão temporária e gerando reações do governador Ronaldo Caiado.
A pedido do presidente do tribunal, o desembargador sugeriu que Linhares se abstivesse de atuar em casos criminais por um tempo e concentrasse suas atividades em processos cíveis, incluindo o “caso Escobar”.