O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reunirá com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em São Vicente e Granadinas. O encontro, intermediado pelo Brasil, tem como objetivo evitar um conflito armado devido às tensões entre os dois países pela região de Essequibo.
A expectativa é de que a reunião seja tensa, pois ambos os líderes têm trocado acusações. Maduro indicou disposição para dialogar, mas alega que a Venezuela tem direito sobre a região. Já Ali defende que a questão seja tratada pela Corte Internacional de Justiça.
O professor Vitor de Pieri, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ressalta que é improvável que um acordo seja assinado durante o encontro, mas é um passo importante para iniciar uma negociação pacífica.
A disputa gira em torno da província de Essequibo, que representa cerca de 70% do território da Guiana e possui grandes reservas de petróleo. A Guiana afirma que o litígio foi resolvido em 1899, enquanto a Venezuela diz que o Acordo de Genebra de 1966 reconhece sua reivindicação.
A situação preocupa o Brasil, pois a região em disputa faz fronteira com o estado de Roraima. Para proteger as delimitações territoriais, o Exército enviou blindados para a região de fronteira com a Venezuela. O ministro da Defesa também garantiu que o Brasil não permitirá o uso de seu território para o conflito entre Venezuela e Guiana.
A tensão na região de Essequibo tem preocupado o governo brasileiro, que busca uma solução pacífica para o conflito. Segundo o presidente brasileiro, medidas unilaterais podem piorar a situação e ele acredita que o diálogo é a melhor forma de resolver esse impasse.
No último sábado (9/12), houve uma ligação entre os presidentes do Brasil e da Venezuela para discutir a questão da Guiana. Nessa conversa, o presidente brasileiro alertou que medidas unilaterais poderiam agravar ainda mais as tensões.
O governo brasileiro tem se dedicado a resolver o caso pois o conflito está próximo da fronteira do país. Além disso, há uma preocupação em garantir a integridade e segurança territorial do Brasil, além de evitar a influência de atores externos com maior capacidade militar na região.