A decisão recente do ministro Dias Toffoli gerou um efeito surpreendente, levando diversos investigados a buscarem o mesmo tratamento jurídico. A determinação de Toffoli resultou na anulação de processos contra o ex-governador do Paraná, Beto Richa, do partido PSDB. Desde então, onze pessoas envolvidas em investigações semelhantes vieram até o ministro em busca de uma extensão da decisão.
As investigações contra Richa, tanto na esfera federal quanto estadual, estavam relacionadas a supostos esquemas de corrupção durante seu mandato como governador, entre 2011 e 2018. Esses esquemas envolviam desde obras em escolas até a construção e recuperação de estradas. O deputado chegou a ser preso por três vezes durante as investigações, entre 2018 e 2019.
A decisão de Toffoli de trancar essas ações aconteceu devido à sua consideração de ilegalidade na atuação dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz federal Sergio Moro, atualmente senador pelo União Brasil paranaense. Segundo o ministro, existia uma evidente colaboração processual entre os investigadores e o ex-juiz.
Diversas figuras foram incluídas no grupo das pessoas interessadas em receber o mesmo benefício da decisão de Toffoli. Entre elas está o advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado de ser operador de dinheiro ilegal da empreiteira Odebrecht no âmbito da Lava Jato. Além disso, um ex-assessor de Richa, Ricardo Rached, e representantes de concessionárias rodoviárias, como Carlo Alberto Bottarelli, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, Gustavo Müssnich, José Terbai Jr, Carlos Lobato e Ruy Sérgio Giublin também manifestaram seu interesse.