O ex-presidente Michel Temer enfrentou um momento desconfortável durante seu mandato, devido à atuação do delegado da Polícia Federal Cleyber Malta Lopes. Malta, responsável por investigar a suposta corrupção de Temer no Porto de Santos em 2018, recentemente mudou de cargo na corporação, deixando a chefia da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF no Distrito Federal para assumir a Corregedoria da Superintendência da PF em Brasília.
Durante o processo conhecido como “inquérito dos portos”, Cleyber Malta Lopes enfrentou pressões nos bastidores do governo, com o então diretor-geral da PF sugerindo que o inquérito poderia ser arquivado. No entanto, Malta decidiu indiciar Temer e outras dez pessoas, incluindo a filha dele, Maristela, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em dezembro de 2018, Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República no caso dos portos, mas foi posteriormente absolvido em primeira instância pela Justiça Federal do Distrito Federal e em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Mais recentemente, em janeiro de 2024, o Ministério Público Federal recorreu contra a absolvição de Temer no caso dos portos ao Superior Tribunal de Justiça. A trajetória de Malta e Temer continua a ser acompanhada de perto, com desdobramentos na esfera judicial que mantêm a atenção do público e da imprensa.