Depois de reconsiderar estratégia, Novo planeja apostar tudo na eleição de 2026 a partir do zero.

O Partido Novo, de São Paulo, decidiu mudar sua diretriz e utilizar os recursos públicos acumulados ao longo dos anos, estimados em R$ 106 milhões, para financiar suas campanhas nas eleições de 2026. Esses recursos, provenientes dos fundos eleitoral e partidário, não eram utilizados anteriormente devido ao estatuto do partido, que proibia a utilização de verba pública em campanhas. No entanto, diante da necessidade de reestruturação e crescimento do partido, a decisão foi mudar essa política e aplicar todos os recursos públicos recebidos.

A decisão de alterar o estatuto do Novo, que inicialmente era contrário ao uso de dinheiro público em campanhas, foi tomada como parte de uma estratégia para fortalecer a atuação do partido. O valor de R$ 106 milhões representa a quantia acumulada nos últimos anos, proveniente do fundo partidário. Mensalmente, o Novo recebe cerca de R$ 2,3 milhões desse fundo, que não podia ser devolvido e ficava retido em caixa.

Com o objetivo de ampliar sua presença política e garantir uma bancada de deputados federais que ultrapasse a cláusula de barreira, o Novo pretende apostar todas as fichas nas eleições de 2026, após não alcançar esse feito em 2022. A mudança na legislação eleitoral, que limita as doações de pessoa jurídica e impõe tetos para as doações de pessoas físicas, também influenciou a decisão do partido em utilizar os recursos acumulados.

Além da estratégia de utilizar todo o dinheiro do fundo público nas eleições futuras, o Novo está buscando atrair novos filiados, com a ajuda de figuras de destaque como o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, que tem viajado pelo país anunciando uma nova abordagem do partido, mais à direita e não exclusivamente liberal.

About the author