Os parlamentares da Frente Ambientalista estão pressionando pela aprovação de medidas relacionadas à adaptação climática, em resposta aos danos causados pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul. Eles afirmam que a destruição nos municípios gaúchos é resultado das mudanças climáticas em andamento. Em uma nota divulgada, a Frente ressaltou a importância de o Congresso agir preventivamente e rejeitar propostas que neguem as mudanças climáticas.
O deputado federal Nilto Tatto, presidente da Frente Ambientalista, enfatizou a urgência de ações para evitar futuros desastres decorrentes das mudanças climáticas, como secas e inundações. Ele questionou a falta de comprometimento da Câmara dos Deputados com a agenda ambiental diante dos eventos extremos que estão ocorrendo, como as fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Tatto destacou a necessidade de a Casa legislativa levar a questão a sério.
Especialistas, como Suely Araújo, alertam que a situação vivenciada no Rio Grande do Sul já era prevista por cientistas, assim como a estiagem na região Norte e no Pantanal. Havia previsões sobre os problemas relacionados ao excesso de chuvas e inundações naquela região específica. Segundo Araújo, tudo isso evidencia a importância de medidas pró-ativas para lidar com os impactos das mudanças climáticas em diferentes regiões do país.
A crise climática precisa ser encarada como uma oportunidade para ações individuais e coletivas. Se não conseguirmos resolver o problema, ao menos podemos fazer a nossa parte.
Os parlamentares destacam a importância de o Congresso Nacional agir para prevenir novas tragédias causadas por eventos climáticos extremos. Propõem a aprovação de projetos voltados para a adaptação da sociedade e dos municípios às mudanças climáticas, como o projeto de lei nº 4.129/2021, que visa criar planos de adaptação ao clima em âmbito federal, estadual e municipal.
Esses planos são cruciais para a gestão de riscos de desastres e eventos extremos, conforme ressaltado pela Frente Ambientalista. O texto aguarda análise no Senado Federal e será entregue aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Alguns dos projetos de adaptação ambiental mencionados incluem a Lei do Pantanal, a garantia do direito à água potável, a proteção do Cerrado e Caatinga, entre outros que visam promover a exploração sustentável dos recursos naturais.
No Rio Grande do Sul, a Frente Parlamentar Ambientalista destaca a necessidade de ações do Congresso Nacional diante da tragédia climática que afeta o estado. Propõem medidas para garantir recursos para órgãos centrais, como a Defesa Civil, visando auxiliar os municípios afetados pelos temporais recentes.
Os especialistas enfatizam a importância da reconstrução dos municípios com responsabilidade climática, incluindo a construção de moradias em locais seguros, obras de drenagem e o fortalecimento do abastecimento de água.