Descubra mais informações sobre a embarcação à deriva com corpos achada no estado do Pará

No último sábado (13/4), um barco à deriva com corpos em decomposição foi encontrado por pescadores próximo à ilha de Canelas, no nordeste do Pará. As autoridades locais, incluindo Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e Polícia Militar, realizaram o reboque da embarcação para o porto de Vila do Castelo, em Bragança. A identidade das vítimas ainda não foi confirmada, mas indícios apontam que poderiam ser migrantes originários da Mauritânia e Mali.

A operação de resgate envolveu uma embarcação da Marinha e um bote dos Bombeiros, devido à dificuldade de acesso à área onde o barco foi encontrado, devido aos bancos de areia. O transporte da embarcação até a cidade de Bragança foi desafiador, com equipes trabalhando para içá-la da margem do porto e colocá-la em um caminhão para levar ao Instituto Médico Legal.

Nesta terça-feira (16/4), o barco passará por uma perícia inicial no IML de Bragança. Os corpos, em estado avançado de decomposição, serão submetidos a técnicas de identificação usadas em casos de desastres e tragédias naturais, como amostras de DNA, características físicas, impressões digitais e registros odontológicos. Todo o material será transportado para Belém para continuar a investigação.

Um grupo de nove corpos foi encontrado em uma embarcação, levantando suspeitas de que as vítimas sejam estrangeiras, possivelmente migrantes africanos da região da Mauritânia e Mali. A confirmação da nacionalidade das vítimas aguarda os resultados da perícia conduzida pela Polícia Federal e o Corpo de Bombeiros. A investigação visa não apenas identificar as vítimas, mas também determinar a causa e a origem dos óbitos, seguindo protocolos internacionais da Interpol.

Os corpos, em estado avançado de decomposição, sugerem que as mortes ocorreram há algum tempo. Documentos e objetos encontrados nas proximidades indicam a possível origem das vítimas, apesar de não se descartar a presença de pessoas de outras nacionalidades no grupo. A PF e autoridades locais realizam investigações para esclarecer as circunstâncias das mortes e determinar responsabilidades.

O Ministério Público Federal abriu duas investigações – uma criminal e outra civil – para apurar o caso. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão conduzirá as investigações em busca de garantir os direitos humanos das vítimas e esclarecer as circunstâncias do incidente. As autoridades continuam a trabalhar para identificar e esclarecer as causas dessa tragédia.

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