O jambu é uma folhagem muito utilizada na culinária paraense, sendo um ingrediente essencial no tacacá e no pato no tucupi. Além de seu sabor picante e efeito anestésico, o jambu também traz benefícios para a saúde. É uma planta alimentícia não-convencional da Amazônia, com flores amarelas e altura média de 30 centímetros. Tanto suas folhas quanto suas flores podem ser consumidas.
O efeito mais notável do jambu é sua capacidade de causar dormência, devido ao componente espilantol presente nas flores. Esse componente reduz a sensibilidade da pele e causa entorpecimento no sistema nervoso. Já nas folhas, o jambu tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, além de estimular a digestão e fortalecer o sistema imunológico. Também é atribuído ao jambu capacidades afrodisíacas, diuréticas e vermífugas, embora essas indicações sejam baseadas principalmente no conhecimento popular e não tenham sido comprovadas por estudos científicos rigorosos.
De acordo com uma pesquisadora em Agronomia, o jambu é rico em ferro e vitamina C, sendo indicado na medicina tradicional para várias finalidades, como fortalecimento, estimulação do apetite, alívio inflamatório, analgesia, diurese, anestesia bucal e estimulação sexual. No entanto, ainda há poucas pesquisas sobre sua aplicação farmacológica.
O jambu é uma planta versátil e nutritiva, com benefícios para a saúde. Seja em pratos típicos paraenses ou consumida de outras formas, essa folhagem pode ser uma adição interessante à dieta. No entanto, é importante lembrar que seu uso medicinal deve ser feito com cautela e acompanhamento adequado, especialmente se utilizado como tratamento alternativo para condições de saúde específicas.