No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve um aumento de 1,6% em termos anualizados, inferior à expectativa de crescimento de 2,4% pelo mercado. Esse desempenho mostra uma redução na força da economia americana em comparação com o trimestre anterior, que registrou um avanço de 3,4%. O Departamento de Análises Econômicas dos EUA divulgou essa prévia do indicador, indicando uma queda na economia.
O mercado de capitais no Brasil foi afetado negativamente pela evolução do PIB dos EUA abaixo do esperado, o que sugere uma redução dos juros nos EUA. O Federal Reserve mantém as taxas de juros do país entre 5,25% e 5,50%, sem indícios de uma diminuição em breve. As previsões de queda têm sido constantemente adiadas, inicialmente esperada para março e agora postergada para dezembro.
A incerteza em relação aos juros americanos impacta de forma negativa a economia global, aumentando a atratividade dos títulos do Tesouro dos EUA, como os Treasuries, em detrimento de ativos de maior risco. Isso leva a uma menor atratividade por investimentos em ações negociadas em Bolsas, principalmente em países emergentes como o Brasil. A Bolsa brasileira tem enfrentado quedas frequentes em 2024 devido a esse cenário.
Apesar do crescimento mais lento do PIB nos EUA, a Bolsa brasileira apresentou uma queda de 0,67% nesta quinta-feira, atingindo 123.908 pontos às 10h30. A alta das taxas de juros nos EUA também pressiona o dólar para cima, com a moeda operando em 0,48% de valorização, cotada a R$ 5,17 às 10h40, depois de atingir R$ 5,30 na semana anterior.