Após a apresentação da marca Aluf no São Paulo Fashion Week (SPFW) N57, a volta da Lilly Sarti agitou a programação de desfiles. Outras marcas consagradas, como Lino Villaventura, Patricia Viera, Az Marias, Marina Bitu e LED, também se destacaram, assim como a estreia da Reptilia no evento de moda.
O SPFW N57 aconteceu de 9 a 14 de abril, com a marca Lilly Sarti comemorando 18 anos no cenário fashion. A estilista apresentou uma coleção chamada Sofia, inspirada em elementos orientais e da década de 1970, refletindo a essência da marca. Cores vibrantes, tecidos metalizados e estampas geométricas se destacaram entre as peças de alfaiataria e jeans, com detalhes western e couro, como capas e telas.
Lino Villaventura, conhecido pelo toque artesanal e influência das modelos maduras, marcou presença mais uma vez no SPFW. Modelos veteranas como Eliana Weirich e Vivi Orth desfilaram, com destaque para a técnica das nervuras armadas em vestidos, jaquetas e looks masculinos. A paleta de tons sombrios realçou a jaqueta preta e vestido metálico com recortes ousados.
A marca Reptilia, com direção criativa de Heloisa Strobel, estreou com sucesso na semana de moda. A coleção Indelével explorou uma atmosfera modernista, com peças funcionais que se transformam em esculturas vestíveis. As texturas foram o ponto forte, com cores ácidas e detalhes como mangas bufantes e barras arredondadas, destacando o trabalhar arquitetônico da estilista.
No cenário fashion do São Paulo Fashion Week, coleções de marcas renomadas foram destaque, trazendo novidades e inspirações cativantes para o público presente.
A grife Patricia Viera transportou os espectadores para uma viagem ao Peru, com sua coleção de inverno 2024 inspirada no país. Com tons vibrantes e texturas aveludadas, a marca apostou em franjas e jaquetas descontraídas, combinando o couro como material principal. Modelos 40+ e plus size desfilaram, trazendo diversidade à passarela.
Já a etiqueta AZ Marias apresentou o quarto ato da coleção Florescer, explorando o elemento ar e inspirações maternas. Com looks divididos entre os temas brisa, nuvem e fumaça, o desfile proporcionou uma experiência sensorial única, repleta de elementos lúdicos e peças em jeans combinadas com delicadas rendas e bordados.
A estilista Marina Bitu emocionou com sua coleção “Cariri: O Início e o Fim”, uma jornada pelas raízes ancestrais da região do sul do Ceará. Dividida em quatro blocos, a coleção mergulhou nas tradições e riquezas culturais da região, trazendo uma reflexão sobre as histórias e materiais locais.
Durante o recente desfile, Marina Bitu e sua sócia, Cecília Baima, trouxeram para a passarela as descobertas e vivências adquiridas em uma imersão na região do Cariri. Desde os fascinantes fósseis de dinossauros até os mitos e lendas dos povos locais, cada criação da coleção refletia a essência e a riqueza desse lugar.
A coleção apresentou diversas famílias de peças, cada uma inspirada por elementos específicos da região. Um exemplo é a inspiração da Pedra Cariri, que resultou em roupas de linho tingidas manualmente com casca de romã, refletindo as cores e texturas das pedras abundantes na região. Outra inspiração foi o print Flores da Chapada, que homenageava as primeiras angiospermas encontradas na região, com peças de fuxico em forma de flores feitas por artesãs locais.
Além das referências arqueológicas, a coleção explorou a religiosidade e a cultura do Cariri. A família Jucá trouxe visuais baseados na técnica capitonê, inspirados na folha da planta usada em rituais de cura, enquanto o Reisado foi retratado por meio de adornos dos trajes dos mestres, com peças ornamentadas com espelhos em acrílico e fitas coloridas.
A label Marina Bitu apresentou sua coleção em um desfile realizado na última quinta-feira, transmitindo transparência e artesanato nesta temporada, com uma paleta que variou entre cores sóbrias e tonalidades vibrantes.
Na mesma temporada do SPFW, a marca mineira LED se uniu à Pool Jeans by Riachuelo para transformar o tecido jeans em uma declaração de amor. A coleção explorou propostas marcantes e criativas, destacando a versatilidade do material em itens como bolsas e jaquetas em formato de coração, além de modelagens amplas inspiradas na tendência baggy dos anos 1990.
A LED também apostou em estampas maximalistas, como chamas e desenhos de flores, para transmitir diversão e contemporaneidade. O desfile finalizou com vestidos de crochê artesanais que variavam em comprimento e cores, indo do mini ao midi e do neon ao bege, destacando-se também os acessórios em formato de coração e as peças com desenhos pintados e modelagens esculturais.
A coleção da LED foi apresentada também na última quinta-feira, com destaque para os vestidos de crochê e os acessórios em formato de coração, além das peças com elementos maximalistas e estampas vibrantes. O SPFW N57 ocorreu entre os dias 9 e 14 de abril, movimentando a moda nacional com desfiles de marcas como Catarina Mina, Walério Araújo e André Lima, encerrando com um show da label João Pimenta.