Dilma Rousseff foi recentemente eleita a “Mulher Economista de 2023” pelo Conselho Federal de Economia e Conselhos Regionais de Economia. No entanto, muitos jornais apontaram uma aparente contradição nessa premiação devido ao fato de que Rousseff foi a presidente responsável pela maior recessão da história do Brasil.
No comunicado oficial da premiação, foi destacado que a escolha de Dilma Rousseff se deu pela sua “significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país”. Os conselhos destacaram seu legado e expertise no campo econômico, assim como seu papel fundamental na formulação e implementação de políticas que influenciaram a trajetória econômica do Brasil.
Embora haja uma aparente contradição entre o prêmio e a realidade econômica do país durante seu mandato, é indiscutível que Rousseff teve um papel importante na moldagem da economia brasileira. Mesmo que essa trajetória tenha sido marcada por números negativos, é inegável que sua contribuição teve um impacto significativo.
Um exemplo dessa contribuição foi a política de empréstimos do Tesouro para o BNDES, que resultou em uma quantia considerável de recursos sendo repassada a empresários a juros subsidiados. Essa estratégia, conhecida como “gasto é vida”, faz parte do legado deixado por Rousseff e seu predecessor Lula.
Apesar das críticas e do impacto negativo da recessão, a herança econômica deixada por Dilma Rousseff é algo que deve ser reconhecido. O prêmio de “Mulher Economista” não implica que essa herança tenha gerado bons resultados para o país, mas é um reconhecimento do seu trabalho na área econômica.
Por fim, é importante lembrar de uma citação que resume bem o papel dos economistas: “Os economistas são cirurgiões que têm um escalpelo excelente e um bisturi cego, operando perfeitamente nos mortos e martirizando os vivos”. Neste sentido, é injusto apontar uma contradição entre a premiação e o fato de que Dilma Rousseff tenha causado sofrimento para milhões de pessoas durante a recessão.
A eleição de Rousseff como presidente do Banco dos Brics em 2023 e o seu recebimento do prêmio de “Mulher Economista” são apenas reflexos de sua trajetória política e econômica. Aqueles que criticam tais conquistas como um sinal de desordem no país podem ser considerados invejosos, golpistas ou detratores do atual governo.