Um empresário brasileiro, José Seripieri Filho, conhecido como Junior, enfrentou uma disputa jurídica com a Qualicorp, empresa de planos de saúde, antes de concluir a aquisição bilionária da Amil. A Qualicorp acusou Junior de não pagar R$7 milhões em uma transação envolvendo a operadora de saúde. Isso levou ao bloqueio de um fundo ligado ao empresário e colocou em risco a compra da Amil. Junior foi acusado de não ter dinheiro em suas contas bancárias e de usar o fundo de investimentos para proteger sua fortuna.
O negócio em disputa era a compra da operadora QSaúde, que pertencia à Qualicorp, por R$51 milhões. A transação fazia parte da saída de Junior Seripieri da Qualicorp, após fundar a empresa em 1997. No entanto, Junior apresentou resistência em cumprir o acordo, citando incerteza econômica devido à pandemia. Após uma mediação privada, um acordo foi alcançado entre Junior e a Qualicorp.
No entanto, no início de 2023, Junior parou de pagar as parcelas acordadas. A Qualicorp tentou cobrar os valores, mas não obteve resposta. Como resultado, a empresa decidiu processar Junior e pediu o bloqueio de suas contas bancárias. Além disso, também pediu o bloqueio de um fundo de investimento gerido pelo BTG Pactual.
A Justiça autorizou o bloqueio das contas do empresário Junior Seripieri, dono de uma empresa de planos de saúde, devido a uma dívida milionária com outra empresa do setor. A Qualicorp, empresa credora, alegou que o empresário estava ocultando seu patrimônio para evitar o pagamento da dívida.
A defesa de Junior Seripieri ofereceu três imóveis como garantia de pagamento, mas a Qualicorp recusou a proposta e pediu o bloqueio das contas do empresário. Após um pedido da empresa credora, o Banco Central bloqueou cerca de R$ 6 milhões das contas de Junior Seripieri.
A defesa do empresário argumentou que o valor bloqueado pertencia a um fundo de investimentos e que as regras desse fundo exigiam um período de um ano sem movimentação do dinheiro lá depositado. A Qualicorp acusou o empresário de “blindagem” e afirmou que ele estava escondendo seu patrimônio em imóveis, cuja penhora é mais demorada.
Posteriormente, Junior Seripieri depositou R$ 7,5 milhões em uma conta judicial e pediu urgência na liberação do dinheiro. No entanto, o pedido não foi atendido imediatamente pelo juiz responsável. A defesa do empresário alegou que a manutenção do bloqueio do dinheiro poderia inviabilizar uma negociação em andamento para a aquisição de outra empresa do setor de saúde.
No final, a Justiça desbloqueou o dinheiro em janeiro de 2024, mas o empresário já havia fechado o negócio bilionário anteriormente. Ele agradeceu ao banqueiro André Esteves e ao ex-presidente Lula pela participação e inspiração, respectivamente.
O time de investment banking de um importante banco atuou na coordenação do negócio de uma operadora de saúde. Documentos registrados mostram a importância dos fundos do banco nos negócios do empresário. Há uma negociação em curso para que o empresário e a operadora cheguem a um acordo sobre os pagamentos reivindicados pela operadora.
Apesar do pagamento para se livrar de um bloqueio judicial, a ação continua em andamento. Existem tratativas avançadas para um acordo, que se espera que seja assinado em breve.
O banco contatado preferiu não se manifestar.