Nesta terça-feira (16/4), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está analisando ações disciplinares envolvendo a juíza Gabriela Hardt, três desembargadores afastados do TRF-4 e o senador Sérgio Moro.
O corregedor Nacional de Justiça afastou Gabriela Hardt e os demais magistrados de suas funções devido a irregularidades em processos relacionados à Operação Lava Jato. O julgamento das ações disciplinares contra Moro, Hardt e os desembargadores está na pauta do CNJ, mas é o item 12, 13 e 14, o que pode acarretar em demora na análise ou adiamento, se não houver uma inversão na ordem de julgamento.
Moro e Hardt são alvo de representação disciplinar desde maio de 2023, com relatório parcial apontando uma “gestão caótica” dos recursos de delações premiadas e leniência na Lava Jato. Há indicações de infrações disciplinares por parte dos magistrados envolvidos com a operação, segundo o documento.
O corregedor afastou Hardt e três desembargadores devido à homologação de um acordo de leniência da Petrobras e empreiteiras, como a Odebrecht, que destinava recursos para uma fundação privada. A decisão foi justificada como uma utilização da jurisdição para interesses privados, indo contra o combate à corrupção. Os desembargadores foram acusados de desobedecer decisões do STF, e mesmo afastados, mantêm seus vencimentos.